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Casa Branca rejeita críticas do Papa que considerou "desumana" política de imigração dos EUA

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A Casa Branca rejeitou hoje as críticas do Papa Leão XIV à política migratória dos Estados Unidos, que a considerou "desumana", assegurando que "aplica a lei da forma mais humana possível".

"Rejeito a ideia de que este governo trata os imigrantes em situação ilegal de forma desumana", afirmou a porta-voz Karoline Leavitt.

"Este governo esforça-se por aplicar as leis do país da forma mais humana possível", acrescentou, quando questionada sobre declarações feitas no dia anterior pelo papa americano, aos jornalistas.

"Alguém que diz 'sou contra o aborto, mas concordo com o tratamento desumano dos imigrantes nos Estados Unidos', não sei se isso é ser pró vida", afirmou Leão XIV.

O papa foi questionado sobre a vontade do arcebispo de Chicago, sua cidade natal, de conceder uma distinção a um senador democrata, Dick Durbin.

A iniciativa divide o clero americano, devido ao apoio daquele responsável político ao direito ao aborto e alguns elementos da igreja católica se oposto publicamente a isso.

O governo do presidente Donald Trump conduz uma política de detenções e expulsões em massa de imigrantes em situação ilegal.

O líder de 1,4 mil milhões de católicos também expressou a sua preocupação após a convocação muito invulgar, na terça-feira, de generais e almirantes americanos pelo ministro da Defesa norte-americano.

A estes, Pete Hegseth, dirigiu-lhes um discurso particularmente marcial, apelando ao restabelecimento de uma lógica "guerreira" e prometendo dar "carta branca aos combatentes para intimidar, desmoralizar, perseguir e matar os inimigos do nosso país."

"Esta forma de se expressar é preocupante porque mostra um aumento contínuo das tensões", reagiu o Papa, apontando também a decisão de Donald Trump de renomear o Ministério da Defesa para "Ministério da Guerra". "É sempre necessário trabalhar pela paz", exortou Leão XIV.