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Pedro Nuno respeita opção de Centeno e diz que PS apoiará candidato "bem melhor" do que direita

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Foto JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA

O líder socialista disse hoje respeitar a decisão pessoal do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, de não se candidatar a Presidente da República, assegurando que o PS vai apoiar um "candidato bem melhor" do que os da direita.

"Eu respeito em absoluto a decisão de Mário Centeno. É uma decisão pessoal. As presidenciais são um momento importante da vida democrática em Portugal, e com certeza o PS apoiará um candidato bem melhor do que aqueles que se apresentam à direita em Portugal", declarou Pedro Nuno Santos aos jornalistas na Assembleia da República.

O líder do PS considerou que "não se trata de uma má nem de uma boa notícia", mas sim de uma decisão pessoal, que respeita, salientando que "candidatos ideais não existem", apenas aqueles que estão "disponíveis para travar este combate nas presidenciais".

"Não vou partilhar as conversas que vou tendo, mas há vontades de mais do que uma pessoa para a Presidência da República. Vamos esperar para que essas vontades sejam manifestadas do ponto de vista público e depois então o PS tomará a sua decisão", adiantou.

Perante a insistência dos jornalistas, Pedro Nuno Santos defendeu que "há mais pessoas disponíveis com muita qualidade e capacidade" para se enfrentar "um momento eleitoral muito importante" que significam as presidenciais de 2026.

"Quando nós ouvimos que a direita nós tem para oferecer um cidadão militar, sem experiência e atividade política, um comentador na SIC Notícias ou o líder da extrema-direita, eu acho que o espaço do centro-esquerda tem obrigação de ter um candidato para restituir ao país confiança", defendeu.

O líder do PSD referia-se à confiança "num país que deve continuar a ter uma grande preocupação em promover a igualdade, a solidariedade e a liberdade no nosso país e a defesa estrita do estado de direito".

Questionado sobre se tinha sido informado de que Mário Centeno não estaria disponível para esta corrida a Belém, Pedro Nuno Santos respondeu: "nós já sabíamos da decisão de Mário Centeno, que respeitamos naturalmente".

Já sobre a disponibilidade para apoiar uma eventual candidatura do antigo líder do PS António José Seguro -- que está a ponderar se vai ou não avançar -- o secretário-geral socialista disse apenas que era preciso esperar.

"Nós não estamos condicionados a nenhuma candidatura em particular. Nós queremos conhecer, na nossa área política e do nosso partido, quem está disponível e depois decidir em consciência quem devemos apoiar", referiu.

Mário Centeno disse na quarta-feira à noite, na Grande Entrevista da RTP, que não vai ser candidato à Presidência da República nas próximas eleições, explicando que esta foi uma "decisão pessoal e muito amadurecida".

"Hoje o momento está mais amadurecido. Não vou ser candidato à Presidência da República, não vou apresentar nenhuma candidatura à Presidência da República, não está no meu horizonte que isso aconteça", respondeu.

O governador do Banco de Portugal enfatizou que esta decisão "não tem nenhuma dimensão política" e, quando questionado se a tinha comunicado ao líder do PS, respondeu que a tinha transmitido "a um conjunto de pessoas" com quem tem falado sobre o tema para que elas não ficassem a saber pela entrevista.

Em entrevista à TVI/CNN em outubro de 2024, o líder do PS considerou que Mário Centeno, seria um "bom candidato" a Presidente da República, mas que António José Seguro, António Vitorino ou Ana Gomes também são outros bons nomes.

Em novembro do ano passado, o antigo líder do PS António José Seguro disse que estava a ponderar uma candidatura às presidenciais.

Pedro Nuno Santos tem respondido que este ainda não é o momento da decisão do candidato presidencial a apoiar pelo PS, mas sim de aparecerem os interessados.

A semana passada, o antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues defendeu que o PS deveria fazer umas primárias abertas para escolher o seu candidato.