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Quando os porcos bailam...

O PS Madeira já teve líderes de respeito. Tem, ainda, militantes de respeito. Alguns dirigentes do passado têm vergonha, estou certo, de ver à frente dos destinos do partido pessoas como Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias. Que saudades do tempo de Jardim Fernandes e de Bernardo Trindade.

Qualquer dos dois mostrou ser indigno do partido que representa. Ufanos na comemoração de uma espécie de vitória que até hoje nunca conseguiram nas urnas, ei-los aos urros perante acusações atabalhoadas feitas a dirigentes do partido que sempre os derrotou eleitoralmente. Resultado, três cidadãos estiveram privados da sua liberdade durante 21 dias, na sequência de uma mega-operação de combate à corrupção na Região Autónoma da Madeira, violando os mais elementares princípios de uma democracia civilizada e, afinal, à semelhança de um autarca do norte do país e dos detidos na operação influencer a montanha pariu um rato.

Mas , ainda assim, e esquecendo os processos em que estão e estiveram envolvidos dirigentes do seu partido e eles próprios , Cafôfo e Iglésias , o sorriso e o cérebro vazio do actual PS Madeira mostram a miséria de carácter que nas urnas, se o povo a eleições for chamado, lhes dará nova derrota.

Num artigo a todos os títulos escabroso escrito neste jornal, esquecendo o seu passado na Figueira da Foz e as suspeitas em que a comunicação social revelou que Paulo Cafôfo está envolvido, Iglésias espuma de alegria com a triste justiça portuguesa que sujeita cidadãos a 21 dias de cadeia para depois dizer que, afinal, não há indícios de qualquer espécie quanto a crimes imputados aos arguidos detidos.

Os implicados no caso foram libertados mas Iglésias julgou-os e condenou-os. Um verdadeiro biltre.

O PS Madeira precisa de uma limpeza na liderança e se quando os porcos bailam adivinham chuva, é melhor que Iglésias e Cafôfo percebam que quem pede chuva tem que saber lidar com a lama.

* O autor colaborou na campanha para a eleição de Pedro Calado para a CMF e a empresa em que trabalha tem um contrato em vigor com a autarquia no valor de 28.800 euros para 12 meses.