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Podem-me explicar?

Pensei que o WhatsApp era para brincadeiras de jovens e adultos idosos aposentados

Não é meu hábito escrever sobre política, porque não a entendo muito bem, talvez porque não se enquadra com a minha actividade profissional, onde a lógica é fundamental. Mas é tal a insistência televisiva em hipertrofiar um certo indivíduo de um certo partido, tornando-o quase um extra-terrestre, endeusado sem qualquer “brevet” para tal, que vai obrigar ao meu comentário, até para receber a explicação das minhas dúvidas.

Esfumou-se a continuidade dum governo de maioria absoluta, não sei por que razão - qual a razão verdadeira, não a que anda aí nos “corredores” - mas, apesar da capacidade técnica e científica para fazer “coisas” - sem qualquer oposição - nada de bom temos para contar. A Saúde não tem saúde, a Educação não tem educação, as Cidades não têm casas, a Justiça não arranca, o comboio nem sequer apita, e, para total espanto geral ou melhor parcial - parcial, porque os votantes em Portugal são apenas 50% - o dito governo sai, substitui partidariamente o seu dirigente máximo por outro - com mais corpo, mas com menos alma - e deixa assim o futuro do seu partido, nas mãos, não de um desconhecido, como na Argentina, mas de um conhecido técnico, tecnicamente desqualificado, por “obras não valorosas” ... e se o poeta Camões aqui estivesse, diria :Da Lei da Morte, jamais te libertarás!

Pensei que o WhatsApp era para brincadeiras de jovens e adultos idosos aposentados, para enviar com facilidade mensagens indiscretas, cenas cómicas, fotos sem roupa, ... afinal também pode servir para melhorar a “eficácia” do desempenho político. Penso que devo estar muito desactualizado! No meu tempo, os telefones ... assim se chamavam... porque serviam para telefonar... exclusivamente! Que o diga o génio escocês Graham Bell! Agora os telefones servem para tudo, raramente para telefonar, servem quer para o bem, quer para o mal. E como se vê o mal é muito mais nefasto que o bem, pela agravante em ser através dum objecto inofensivo como um telemóvel. Digo inofensivo, porque vejo crianças da escola primária, com o seu telefone portátil, ... que nem lhes cabe no bolso, ... a fazerem do aparelho o que bem entendem. Imaginem lá o que pode fazer um ministro com o seu telemóvel topo de gama! E se for primeiro-ministro? “ The Sky is the Limit” Ainda sem a ajuda da IA!

Também não percebo como há partidos no anfiteatro da assembleia nacional apelidados “não democráticos” ... quando foram todos eleitos pelo povo... pelo menos é o que dizem alguns dos ilustres representantes desse povo. E então que dizer do partido pró-soviético “democrático”,... que apoia a invasão da Ucrânia? Gostava de conhecer um país do mundo, com políticas de esquerda e ao mesmo tempo democrático!

Como se explica tudo isto que está a acontecer em Portugal, com uma passividade total, até mesmo uma anestesia de opinião, uma inércia quase “alentejana”. Será que tudo isto já estaria previsto nos astros? A astrologia muitas vezes pode explicar o que está a acontecer! Em termos relacionados com reino animal, trata-se de colocar “raposas dentro do galinheiro”! Acho que vou esperar por uma lógica explicação para perceber, como é assim tão fácil e simples, eclipsar a história política actual e pregressa dum indivíduo com esta altíssima responsabilidade. Neste país do Pastel de Nata acho que querem inventar um novo “bolo” … o PNS … o Pastel de Nata Salgado!! Até pode ser um sucesso!!! Mas também pode acontecer, desta vez, que os tais 50% de portugueses, adormecidos, eclipsados, acordem da sombra das azinheiras, das figueiras, das oliveiras, das macieiras ... para irem votar ... cumprindo afinal o seu dever, o que devia ser obrigatório como no nosso americano país irmão. Os deveres são para cumprir, sob pena de se perder a razão e o direito de falar!

P.S. O trânsito citadino e rural está péssimo,... carros, motas, trotinetes, condutores profissionais, ... cada um a fazer o que lhe dá na gana! Será que a DGS vai aconselhar fazer preventivamente a vacina da raiva?

Por lapso publicamos na edição de ontem um artigo com a assinatura e fotografia do nosso colaborador José Manuel Morna Ramos, mas cujo teor não era da sua autoria. Publicamos hoje o texto correcto, pedindo desculpa ao autor e aos leitores.