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Madeira

Mercado imobiliário continua a dar sinais de abrandamento

Valor da venda de alojamentos familiares na RAM diminuiu face aos trimestres anterior e homólogo

Foto Shutterstock
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A venda de casas na Madeira continua com altos valores e montantes, ainda assim no 2.º trimestre de 2023 denota-se novo abrandamento comparativamente ao 1.º trimestre do ano e, sobretudo, em relação ao trimestre homólogo de 2022. Foram transaccionadas 795 habitações familiares entre Abril e Junho deste ano, uma quebra de 11,5% face ao trimestre anterior e de 27,7% face ao 2.º trimestre do ano passado.

De acordo com os dados divulgados pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), "do total de alojamentos vendidos no trimestre, 666 diziam respeito a alojamentos existentes (83,8% do total), sendo os restantes 129 (16,2%) alojamentos novos. Face ao trimestre anterior, estes dois tipos de alojamentos evidenciaram evoluções idênticas, ou seja, as vendas de alojamentos existentes diminuíram 11,7% e as vendas de alojamentos novos -10,4%. Quando feita a comparação com o trimestre homólogo, verificaram-se, pela mesma ordem, variações de -28,2% e -25,4%".

Quanto aos montantes, o mesmo cenário: "O valor dos alojamentos transacionados neste trimestre situou-se nos 186,0 milhões de euros, menos 4,8% que no trimestre precedente (195,3 milhões de euros) e menos 18,2% que no trimestre homólogo (227,3 milhões de euros). Nos alojamentos novos, o valor das vendas atingiu os 37,7 milhões de euros (-11,5% face ao mesmo trimestre do ano anterior), enquanto o relativo aos alojamentos existentes se fixou nos 148,2 milhões de euros (-19,7%)."

O mesmo cenário a nível nacional

De acordo com os dados também divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística para o país, "no 2º trimestre de 2023, foram transacionadas 9.696 habitações na Área Metropolitana de Lisboa, 28,8% do número total, menos 1,8 p.p. relativamente a período idêntico do ano anterior. As regiões Norte e Centro, com respetivamente, 9.628 e 7.489 transações, foram as únicas a apresentar acréscimos nas respetivas quotas regionais, 1,2 p.p. e 1,6 p.p., pela mesma ordem. No Algarve venderam-se 2.946 habitações, 8,8% do total, traduzindo-se numa redução homóloga de 0,8 p.p.. Seguiram-se, em termos de número de transações, o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira, com 2.537 e 795 transações, respetivamente". E acrescenta: "Em termos de quotas relativas, as transações realizadas representaram 7,5% e 2,4%, pela mesma ordem, correspondendo, em ambos os casos, a reduções de 0,1 p.p. face ao mesmo período do ano anterior. Na Região Autónoma dos Açores transacionaram-se 533 habitações, o que correspondeu a uma quota regional de 1,6%, idêntica à do mesmo período de 2022."

No trimestre de referência, o montante das "habitações transacionadas na Área Metropolitana de Lisboa fixou-se nos 2,9 mil milhões de euros (42,5% do total), acima do montante contabilizado na região Norte, 1,6 mil milhões de euros (23,1%), verificando-se aumentos homólogos nas respetivas quotas regionais nas duas regiões (0,5 p.p. e 0,8 p.p., pela mesma ordem). O Centro apresentou um incremento de 0,6 p.p. no seu peso relativo, para um total de 13,5%, correspondente a um valor de 934 milhões de euros. Das demais regiões, o Algarve, com um valor das transações de 889 milhões de euros, registou a maior redução do respetivo peso relativo, -1,6 p.p., perfazendo 12,9%. No Alentejo, as habitações transacionadas totalizaram 292 milhões de euros, representando 4,2% do total (-0,3 p.p. em termos homólogos). Na Região Autónoma dos Açores, o valor das habitações transacionadas fixou-se nos 75 milhões de euros, 1,1% do total, sendo que na Região Autónoma da Madeira ascendeu a 186 milhões de euros, correspondendo a um peso relativo de 2,7%."

Quanto à variação homóloga, no 2º trimestre de 2023, "todas as regiões registaram uma redução" no número e no valor das transações de alojamentos. "No Algarve, observaram-se as diminuições mais expressivas das transações, tendo excedido 29%, em número e 25%, em valor. Igualmente com reduções mais intensas do que as registadas ao nível nacional, em ambos os indicadores, cotaram-se a Região Autónoma da Madeira, a Região Autónoma dos Açores e o Alentejo, tendo apresentado taxas de variação homólogas de -27,7%, -24,1% e -23,6%, respetivamente, no número de transações, e de -18,2%, -21,4% e -20,8%, pela mesma ordem, em valor".

Neste particular, "no trimestre de referência, a Área Metropolitana de Lisboa registou uma redução de 27,3% no número de transações e de 15,7%, em valor, comparativamente ao mesmo período de 2022", sendo certo que "o Centro e o Norte, com taxas de variação de -16,9% e -19,5%, no número e de -12,6% e -13,8%, em valor, ficaram aquém do registo médio nacional relativamente às reduções observadas nos dois indicadores do mercado residencial".