Após passar o dia de campanha entre visitas a concelhos localizados na Costa Norte, nomeadamente Santana, São Vicente e Porto Moniz, e também uma reunião com a Delegação Regional da Ordem dos Médicos, o Chega -Madeira afirma que "é notória a falta de estratégia do governo quanto às necessidades das populações da Costa Norte".

"Sem dúvida, não faltam discursos floreados, promessas e muito investimento em betão, que vai sempre parar aos bolsos das empresas amigas do regime. Mas os problemas das zonas rurais não se resolvem com betão e retórica, mas com humildade para ouvir as pessoas e uma noção do que se quer para a Costa Norte, que são aspectos aos quais o PSD não tem dedicado qualquer atenção, pois está demasiadamente ocupado a governar para os amigos e para as empresas ligadas ao sistema", afirma Miguel Castro, cabeça-de-lista do partido às eleições legislativas regionais.

Ao reunir-se com a população dos vários concelhos foram abordada algumas questões que o partido considera "preocupantes": "A desertificação rural, o envelhecimento da população, a queda no número de pessoas que se dedicam à agricultura e o estado dos serviços médicos e de educação lá prestados", refere nota enviada.

Junto da Ordem dos Médicos, o partido discutiu os desafios que confrontam o sector, que se estendem desde as "longas as listas de espera às condições de trabalho que são disponibilizadas aos profissionais daquela área de actividade".     

Miguel Castro acusa o PSD de passar ao lado de medidas importantes, que poderiam e deveriam ter sido implementadas há anos atrás. “Ainda vamos a tempo de recuperar a Costa Norte e de fazer daquela zona da nossa Região mais do que o motivo de promessas e falas mansas, que nunca se concretizam. Mas, para tal, é preciso um verdadeiro planeamento estratégico, que defina planos para a habitação, para a natalidade, para o apoio social e para o rejuvenescimento do sector primário, que são áreas nas quais o actual governo tem falhado redondamente. Nós iremos fazer melhor e diferente, caso recebamos a confiança do eleitorado.”  

A concluir, referiu a importância da reunião com a Ordem dos Médicos, a qual confirmou muitas das ideias do partido quando ao estado actual daquele sector. “Uma análise da Saúde na Madeira deixa claro que os problemas são muitos, são complexos e não vão ser magicamente resolvidos com a construção de um novo hospital. Aliás, não há hospital, por muito novo que seja, que resolva o problema fundamental, que é a gestão dos bons recursos humanos que o Serviço de Saúde já tem, desde médicos a auxiliares, mas que não têm, nem as condições que muito precisam para trabalhar, nem o respeito que merecem daqueles que tomam as decisões. Exactamente oposta é a postura do Chega, que defende uma valorização dos profissionais da Saúde, que reconheça e recompense o contributo inestimável que fazem para a vida dos cidadãos. Aliás, sem esses profissionais de excelência, há muito que a incompetência do governo teria sido desmascarada.”