Regionais 2023 Madeira

"A CDU não se resigna às injustiças e às desigualdades"

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"Quando a vida azeda para a maior parte da população, quando o cinto aperta, quando se agravam as dificuldades com que se confrontam as famílias, em contraste com quem está a fazer lucros fabulosos, é preciso dizer que não tem que ser assim. Não estamos condenados a tanta injustiça! Não estamos obrigados a estas crescentes desigualdades!", afirmou hoje Edgar Silva, durante uma tribuna pública promovida pela candidatura da CDU às Eleições Regionais de 24 de Setembro, no Largo do Phelps, no Funchal.

Segundo o cabeça-de-lista, "não pode ficar tudo na mesma", quando "58% de toda a riqueza criada está nas mão dos 5% mais ricos". "Não pode ficar tudo na mesma, quando os bancos asseguram por dia 10,7 milhões de euros de lucros, enquanto tanta gente é espremida que nem uvas no lagar", nem "quando os grandes grupos económicos conseguem abocanhar lucros colossais e mais de 31% da população nesta Região está em risco de pobreza", insistiu.

Por seu turno, o deputado Ricardo Lume constatou que "é cada vez mais sufocante o aumento do custo de vida", na Região onde "a média do salário líquido por trabalhador é a mais baixa do país".

"Se o Governo Regional, utilizasse os poderes autonómicos para fixar os preços máximos nos bens essenciais, tal como a CDU propôs no Parlamento Regional, seria possível travar o aumento do custo de vida", argumenta o comunista, criticando o Governo Regional PSD/CDS que "prefere ser cúmplice dos que lucram com a especulação e assim promover a injustiça e as desigualdades".

Já Herlanda Amado, candidata ao Parlamento Regional, teve uma intervenção sobre "a carestia de vida e seus reflexos no acesso à habitação". "A especulação imobiliária tem aumentado na Região, fazendo que seja quase impossível um trabalhador ter acesso a uma habitação condigna e a preços justos", apontou, acrescentando que "o Governo tem 'vendido' a Região como um paraíso para os investidores do ramo imobiliário, mas os trabalhadores vão sendo empurrados para as periferias e são cada vez mais as famílias confrontadas com o drama das acções de despejo."

"Devido ao agravamento do custo de vida, são cada vez mais as famílias a 'fazer contas à vida' e a tentar 'esticar' o salário mísero que recebem, para suportar as despesas do dia a dia e devido aos valores do arrendamento na Região, torna-se impossível conseguir alugar uma casa, para além do escandaloso aumento das taxas de juros, que fazem com que muitos trabalhadores deixem de conseguir pagar a casa ao banco", reforça Herlanda Amado.

Sobre as dificuldades sentidas pelas famílias, a candidata da CDU disse ainda que "é inaceitável que os bancos 'engordem' à custa da crescente 'miséria' dos trabalhadores", com a "conivência" dos governantes regionais.

"Não estamos condenados a esta política que promove as injustiças e as desigualdades, promovida pelo PSD e CDS, ela pode e vai ser travada. Há uma política alternativa que coloque a Autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo", concluiu Ricardo Lume, apelando ao voto na CDU no próximo dia 24.