Regionais 2023 Madeira

"Há vários assuntos que nos preocupam no que se refere à actividade económica regional"

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Dando continuidade às iniciativas de auscultação de instituições públicas e privadas que tem vindo a desenvolver, membros da candidatura do CHEGA-Madeira às eleições legislativas regionais deste ano, visitaram a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF). A iniciativa, que também incluiu uma reunião com membros da direcção daquela instituição, foi utilizada pela candidatura do CHEGA-Madeira para analisar e discutir vários assuntos que o partido considera pertinentes e que se incluem no âmbito de actividade da ACIF, tais como as condições de trabalho do comércio regional, a influência do sistema fiscal na competitividade das empresas, a anunciada aplicação das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência e os principais problemas que se colocam àqueles que querem inovar, trabalhar e investir na Região.    

"Há vários assuntos que nos preocupam no que se refere à actividade económica regional, começando pelos efeitos muito negativos que a carga fiscal tem na competitividade das empresas, algo que o governo regional não tem combatido como deveria, pois nem explora ao máximo o diferencial fiscal que lhe é permitido pela lei, apenas porque quer arrecadar mais impostos para as cobrir as suas próprias despesas, muitas das quais são luxos desnecessários. Ou seja, para o governo, é muito mais importante ter dinheiro para gastar do que ajudar a vida das empresas e das famílias, que é algo que tem de ser exposto, pois é vergonhoso", disse Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira e cabeça de lista às eleições legislativas regionais, após a visita. 

“Preocupa-nos que a economia regional esteja tão condicionada como está por jogos de interesses e redes de corrupção, que ligam o poder instalado a determinados grupos, que toda a gente sabe quem são. Tais compadrios ferem o Bem Comum, empobrecem a Madeira e amarram as mãos de quem quer viver de forma honesta e recusa-se a pactuar com os esquemas ilegítimos que o próprio governo permite e fomenta", acrescenta. 

No mesmo tom, o líder do CHEGA-Madeira questionou o papel que o governo tem tido no apoio à iniciativa empresarial e económica, referindo que o mesmo tem a obrigação de ir mais além do que medidas meramente simbólicas e campanhas de publicidade.

“Sabemos bem que o governa faz por ser chamado para as inaugurações, gosta de ser convidado para os jantares de empresários e faz questão de chamar a si louros e sucessos que não são seus, mas de quem trabalha e arrisca. Porém, incomoda-nos que, também em matéria económica, o governo e o secretário da tutela prefiram vestir a roupa de festeiros e de mestres da publicidade, em vez de trabalhar em prol de quem trabalha de forma honesta, cria postos de trabalho, paga os seus impostos e depois ainda tem de sofrer as pesadas consequências de um governo que pensa que a vida é andar em festas. Tudo isto é tão mais grave quando é claro que, em todos os assuntos que são de interesse, desde a transformação digital e as transformações climáticas à massificação do turismo e ao crescimento económico, o governo, pura e simplesmente, não quer ouvir a ACIF e até tem procurado impor uma ‘cerca política’ àquela instituição, simplesmente porque a mesma não compactua com a imagem idílica que o governo quer fazer passar e que não corresponde à verdade", refere. 

A concluir, Miguel Castro aponta o dedo à falta de seriedade com o PSD e o CDS continuam a olhar para a atividade económica, prometendo mudanças, caso o seu partido seja eleito.

“A prova do egoísmo e da incompetência com que o governo olha para a actividade económica é o facto de que quer canalizar as verbas do PRR para as suas obras e não para o apoio às famílias, que tanto precisam, ou às empresas, que são as reais geradoras de riqueza e de emprego. Pelo contrário, o governo quer chamar o dinheiro a si, para dar o mesmo às empresas amigas, que são as de sempre. O CHEGA não alinha nestes compadrios e, se formos eleitos, vamos combater até às últimas, e doa a quem doer, o estado de podridão que reina em muitas áreas da governação", concluiu.