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Extrema-direita entra em quarto governo em Espanha, em Aragão

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O partido de extrema-direita VOX vai fazer parte do governo da região espanhola de Aragão, em coligação com o Partido Popular (PP), confirmaram hoje fontes desta força política, citadas por diversos meios de comunicação social espanhóis.

Este será o quarto executivo regional de Espanha com uma coligação PP/VOX, que já governam juntos na Extremadura, na Comunidade Valenciana e em Castela e Leão.

As coligações em Aragão, na Comunidade Valenciana e na Extremadura resultam das eleições regionais de 28 de maio passado, enquanto em Castela e Leão o executivo autonómico do PP/VOX já governa desde 2022.

O acordo hoje fechado em Aragão (nordeste de Espanha) por PP e VOX garante aos populares a presidência do governo regional e a vice-presidência ao partido de extrema-direita, como acontece em Castela e Leão e na Comunidade Valenciana, segundo confirmaram as fontes citadas pelos meios de comunicação social locais.

Na Extremadura, o acordo de coligação deu ao VOX apenas uma pasta, a da Gestão Florestal e Mundo Rural.

Na sequência das eleições de 28 de maio prosseguem ainda negociações entre os dois partidos para a viabilização do governo regional de Múrcia, onde o PP venceu as eleições, mas sem maioria absoluta.

Por causa da vitória da direita e do avanço da extrema-direita nas eleições municipais e regionais de 28 de maio, o primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, convocou legislativas nacionais antecipadas para 23 de julho, que o PP ganhou, mas sem conseguir uma maioria absoluta sozinho ou com o VOX.

O parlamento eleito nas legislativas nacionais será formalmente constituído em 17 de agosto e só depois o Rei de Espanha, Felipe VI, iniciará uma ronda de contactos com os partidos para indicar um candidato a primeiro-ministro, que terá de ser aprovado pelo plenário dos deputados.

O partido socialista (PSOE) foi o segundo partido mais votado, mas ao contrário do PP tem ainda possibilidades de conseguir os apoios parlamentares para formar um novo governo.

Um dos temas que marcou a pré-campanha e a campanha eleitoral das legislativas foram os acordos do PP com o VOX nas comunidades autónomas e as declarações e perfis de pessoas que o partido de extrema-direita escolheu para presidir aos diversos parlamentos regionais ou para o executivo da Comunidade Valenciana, que são negacionistas das vacinas e das alterações climáticas, ativistas contra o aborto ou que dizem que a violência de género não existe.