Madeira

Carlos Fernandes exige “tratamento igualitário” na integração dos médicos formados no estrangeiro

None

É na sequência da notícia que dá conta da contratação de 300 médicos cubanos para o Serviço Nacional de Saúde, nos próximos 3 anos, que Carlos Fernandes lamenta que 'dois pesos' no tratamento a médicos estrangeiros. “Embora sejamos obviamente a favor desta decisão e da integração de médicos de outras nacionalidades no Serviço Nacional de Saúde, aquilo que lamentamos é que este Governo da República tenha dois pesos e duas medidas e não tenha sido capaz de garantir, nesta decisão, um tratamento igualitário face aos médicos Lusodescendentes que regressaram nos últimos anos ao nosso País, oriundos de Países como a Venezuela e a África do Sul e que, há muito, aguardam para exercer” afirma o presidente do Núcleo de Emigrantes do PSD/Madeira.

O social-democrata saúda a medida, mas entende que seria ainda mais positiva, "caso houvesse outra abrangência a mais profissionais que estão disponíveis no mercado". Recorda que, desde 2017, o PSD-Madeira tem defendido , que existam “regras claras para que estes médicos possam exercer em Portugal” e criticando, nesta lógica, “o jogo do empurra que tem sido a regra neste processo, entre o Governo, as Ordens Profissionais e as Universidades”.

Carlos Fernandes afirma que "este é o momento certo para que o Governo da República corrija essa injustiça e valorize estes profissionais”, dando-lhes uma oportunidade, à semelhança do que actualmente acontece em países como a Espanha e a Itália. Aliás, reforça, “temos, neste momento, médicos lusodescendentes que, vivendo em Portugal, atravessam a fronteira com Espanha para trabalhar e logo à noite regressam para dormir, uma situação incompreensível à luz da falta de médicos com que o País se confronta, para já não falar das graves consequências que esta falta de resposta tem tido junto das populações”.

“Aquilo que exigimos é que exista um tratamento igualitário e a mesma preocupação e sensibilidade, até porque, se assim não for, vamos acabar por perder ainda mais médicos portugueses formados no estrangeiro, apenas e só por causa de um Governo socialista que, nestes últimos anos, tem sido incapaz de estabelecer um diálogo sério com as Universidades e as Ordens Profissionais para resolver uma situação para a qual já alertamos há mais de seis anos”, remata o presidente do Núcleo dos Emigrantes do PSD/Madeira.