Regionais 2023 Madeira

Chega diz que Governo Regional "não merece a confiança dos madeirenses"

Partido reage ao debate do Estado da Região, ocorrida ontem, e destaca "falta de respostas a problemas do cidadão comum"

Miguel Castro e André Ventura, líderes regional e nacional do Chega.   Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress
Miguel Castro e André Ventura, líderes regional e nacional do Chega.   Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress

O partido Chega-Madeira emitiu uma nota de imprensa, no qual salienta que "acompanhou com atenção o debate dos estados gerais da Região, que teve lugar na Assembleia Legislativa da Madeira e no qual o governo regional foi chamado a pronunciar-se sobre os principais desafios que confrontam a sociedade madeirenses e que urge resolver de forma a melhorar o presente e a construir um futuro de maior sucesso, estabilidade, competitividade e satisfação social", situa.

Porém, "após ter ouvido e analisado as declarações dos vários intervenientes no parlamento regional, o Chega-Madeira lamenta que o governo continue a evitar os problemas que limitam a vida de milhares de famílias madeirenses e portosantenses, apostando tudo na sua obsessão pela publicidade política", critica.

Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e cabeça-de-lista às eleições legislativas regionais de 24 de Setembro, observa: "É impressionante o quanto o governo social-democrata de Miguel Albuquerque exibe os mesmíssimos problemas que o governo socialista de António Costa, pois, em ambos os casos, estamos perante lideranças cansadas, gastas, agarradas ao seu guião, sem respostas e com uma notória incapacidade para olhar com seriedade para os muitos e graves desafios que tanto condicionam a vida daqueles que trabalham e lutam para dar uma vida digna àqueles que dependem de si."

Acresce a esta questão, nota Miguel Castro que "este debate era uma oportunidade importante para o governo explicar o que é que pretende fazer para ajudar os quase oitenta mil madeirenses que vivem no limiar na pobreza, os mais de cem sem-abrigo que vagueiam nas ruas, os mais de dez mil jovens que saíram na Região por não terem emprego, os vinte mil doentes em listas de espera, o aumento no consumo de drogas (especialmente as sintéticas), a inflação que tira comida da mesa dos madeirenses e portosantenses, a especulação selvagem que não deixa os cidadãos comprar habitação digna, os muitos esquemas de corrupção que estão a matar o Bem Comum e até o enriquecimento ilícito que vemos a cada canto da governação e da vida pública. Mas, o governo não fez nada disso, preferindo divagar, agarrar-se ao seu guião, ofender (por várias vezes) os deputados da oposição e dar aos cidadãos umas tantas horas de indecorosa autopromoção, como se a Madeira fosse o paraíso na terra. Mas, não é", atira de enfiada.

Segundo o líder regional do Chega, "a atitude do governo regional é criticável e sintomática de uma liderança que governa para os amigos, para os grandes grupos económicos e para as construtoras, mas que não tem respostas para o cidadão comum pela simples razão que não anda nas ruas e não conhece a vida daqueles que diz governar", pelo que conclui que "o governo do PSD vive numa bolha, atravessa a cidade de motorista e, quando é confrontado com a realidade dos factos, aponta o dedo ao governo de Lisboa. Não é um governo que se importe com os cidadãos que tanto trabalham e veem a vida cada vez pior, pois gosta é de festas, de publicidade e daqueles que dizem que está tudo bem. Por ser arrogante e incompetente, este governo há muito que não merece a confiança dos madeirenses e portosantenses, sendo o que se passou na assembleia mais um exemplo disso mesmo”.