Madeira

Sector social é uma alternativa para criação de emprego para os jovens madeirenses

Foto Miguel Espada/Aspress
Foto Miguel Espada/Aspress

O sector social ou terceiro sector, que compreende organizações nas áreas da educação, saúde, assistência social, cultura, investigação, ambiente e actividades recreativas, tem vindo a ganhar maior importância na economia e um “papel crescente na governação na Madeira” e é cada vez mais visto pelos jovens como uma alternativa de emprego. A opinião é da secretária regional da Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, cuja intervenção encerrou, esta manhã, no salão nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, encerrou o II Fórum Económico Internacional, iniciativa organizada pelo Instituto do Mundo Lusófono que decorreu nos últimos três dias no Funchal.

“Não temos dúvidas que o sector social é, cada vez mais, uma resposta à criação de emprego, nomeadamente para os nossos jovens. Temos visto isso mesmo, com a nossa experiência no Orçamento Participativo da Região Autónoma da Madeira, em que estes jovens se revelam muito proactivos na apresentação de projectos e soluções nesta área, o que reforça a sua importância estratégica para um futuro económico mais positivo e mais risonho”, declarou a governante madeirense. Rita Andrade assumiu que a importância das organizações do sector social “raramente são reconhecidas e valorizadas”, apesar de “desempenharem funções sociais importantes para os seus destinatários” e provocarem efeitos positivos no resto da sociedade.

Porque está “ciente da importância estratégica deste sector”, o Governo Regional está a preparar, em parceria com a Associação Regional de Investigação e Promoção da Economia Social (AIPES), o mapeamento, com georreferenciação, das entidades de economia social. Um trabalho que, segundo a secretária regional, visa “caminhar no sentido do maior conhecimento e da profissionalização da gestão destas organizações”. Por outro lado, como o sector da economia social vive ainda “sobretudo do trabalho voluntário”, Rita Andrade acha “fundamental criar oportunidades de formação”.

Para que esta economia social possa crescer mais, a porta-voz do Governo acha necessário um esforço na comunicação. “Este é um desafio que exige o envolvimento de todos, do poder político, da sociedade civil, mas também o esforço da própria economia social através da promoção dos seus valores, das suas experiências, das suas práticas, da optimização da sua estratégia financeira e da diversificação de receitas, como garante de actividade de crescente valor e com peso na criação de emprego”, completou a governante.