"Havia cada vez menos campistas" no Porto Santo
Segundo Susana Prada o antigo parque de campismo "não tinha quase utilidade nenhuma"
O antigo parque de campismo do Porto Santo está a ser transformado num parque urbano e gorou-se a possibilidade de visitar a ilha com a tenda às costas, uma vez que em espaço florestal não existem zonas certificadas para o efeito, como acontece na Madeira.
De visita à Ilha Dourada, a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas visitou o andamento da empreitada, que deverá estar concluída no final de Julho, e abordou a questão sobre a impossibilidade de acampar, especialmente nesta altura de São João, em que a ilha receberá a visita de aproximadamente 20 mil pessoas.
Essa questão terá de ser colocada à Câmara. De qualquer maneira, tenho a percepção de que cada vez menos havia campistas, tanto que o Governo entendeu que este terreno, muito bem situado no centro da cidade, porque estava quase a não ter utilidade nenhuma - raramente apareciam aqui campistas - foi dada outra utilização, essa sim para servir diariamente a população, porque terá espaços de lazer, espaços de desporto e um bar de apoio a quem vier utilizar o parque. Susana Prada
Segundo a governante, esta "era uma zona que não tinha quase utilidade nenhuma" e o Governo Regional "não abdicou" dessa oferta, reforçando que "o parque de campismo não precisa ser num espaço tão nobre quanto este é".
"A utilidade que nós vamos dar a este espaço vai trazer muitos mais visitantes do que campistas, pelo que em conjunto com a Câmara há-de se arranjar um espaço para acampamento", sublinhou, concretizando que para o efeito, e sem necessidade de montar a tenda, existe outra alternativa oferecida pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).
Trata-se da Casa do Pico Branco, que pode ser utilizada mediante o pagamento de 25 euros por dia. Tem capacidade para albergar até quatro pessoas e insere-se em área protegida da rede Natura 2000.