Madeira

Bloco de Esquerda Madeira defende o reforço da oferta pública de lares de idosos

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O Bloco de Esquerda Madeira opõe-se ao acentuar de desigualdades nos cuidados da população mais idosa e defende o reforço da oferta pública das estruturais residenciais para idosos.

Segundo o partido, só a rede pública permite assegurar o "acesso a todas e a todos os nossos idosos que precisam de ir para um lar e é garante de qualidade nos cuidados que presta".

Conforme o DIÁRIO avançou na edição impressa desta segunda-feira, mais de 1.218 idosos aguardam por uma vaga num lar na Madeira, sendo que 78% dos quais não beneficiam de ajuda domiciliária. Isto quando a população sénior aumentou 48% nos últimos 20 anos.

Enquanto 1.218 madeirenses, números actuais, aguardam por uma vaga  num lar, o que faz o Governo Regional? Privatiza o maior lar da Região, o Lar da Bela Vista, limitando ainda mais o acesso a estas estruturas de apoio à velhice, ao mesmo tempo que utiliza os 79 milhões de euros do PRR, dinheiro público, para financiar lares de luxo de entidades privadas, onde as mensalidades são superiores a 1.000 euros, e onde tudo se paga, das fraldas aos medicamentos. Bloco de Esquerda Madeira.

"E onde fica a grande maioria dos nossos idosos, cujas pensões rondam os 400 euros? No mesmo sítio de sempre: numa cama do hospital a aguardar vaga num lar", refere.

O acesso aos lares fica assim cada  vez mais difícil e condicionado para aqueles que têm poucos recursos,  que têm pensões baixas, fruto dos baixos salários auferidos ao longo da vida, e cujo cenário para o futuro não será diferente se nada for feito em termos salariais. Bloco de Esquerda Madeira.

A concluir, quanto à iniciativa privada, o partido defende que seja financiada com "recursos próprios ou com recurso ao crédito, não com os dinheiros públicos que servem todas e todos os cidadãos e não apenas uma franja cada vez mais limitada da população".