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Brasil quer estar em África "onde Portugal estiver"

Foto DR/Governo Federal
Foto DR/Governo Federal, https://www.gov.br/defesa/pt-br/centrais-de-conteudo/noticias/jose-mucio-monteiro-filho-e-apresentado-como-novo-ministro-da-defesa

O ministro da Defesa brasileiro afirmou hoje que "o Brasil voltou para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)" e "estará onde Portugal estiver", nomeadamente na área da cooperação na Defesa em África.

"O Brasil voltou" também para a CPLP, disse hoje José Múcio Monteiro, numa entrevista à Lusa em Lisboa, onde ficará até sexta-feira, depois de ter integrado a comitiva do Presidente Lula da Silva na sua visita oficial a Portugal.

Sublinhando que "faz anos" que o país estava fora "das conversas, das preocupações, na procura de soluções comuns" para aquela organização e os seus Estados-membros, lembrou que serão abertas algumas embaixadas abertas durante os primeiros governos de Lula da Silva.

"No mês que vem o Presidente vai ao Congo e nós vamos começar a abrir essas embaixadas" e voltar a conversar "com os nossos amigos, irmãos africanos", adiantou.

"A nossa participação na CPLP é fundamental e absoluta, para darmos assistência técnica, assistência militar, para ajudarmos a educar, a desenvolver o campo tecnológico. O Brasil tem todo o interesse e compromisso em fazer o que já fez", disse.

Segundo o ministro, o Brasil prevê ações de formação "na área militar, na área da agricultura e outras coisas" em África, como já fazia há alguns anos.

Mas o ministro brasileiro voltar à África também significa fazer parcerias e vender o que o Brasil produz.

Na área da Defesa, o Brasil tem parcerias em formação e o ministro disse ter já conversado com a sua homóloga portuguesa sobre as parcerias de assistência militar, para países da CPLP (que junta além do Brasil e Portugal, países como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

Porque, neste setor da Defesa, "nós vamos estar onde Portugal estiver", prometeu.

Por último, o ministro também não escondeu a ambição de aumentar a parcela do orçamento para a Defesa, numa subida gradual num país em que boa parte da população tem problemas financeiros.