Os líderes do PS Madeira e as comissões de inquérito…

Carlos Pereira, antigo líder socialista do PS da Madeira, era o coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, em curso na Assembleia da República. Mas, reunia, em segredo, com a direção da companhia que iria inquirir. Agora demitiu-se, depois de se saber e depois de os partidos de direita anunciarem irem pedir inquérito a essa reunião.

Sérgio Gonçalves liderou o PS na comissão de inquérito a umas eventuais obras inventadas – um falhanço, mais um, de uma oposição que quis “levantar poeira” e que acabou sufocada no pó, face à falta de argumentos e de provas – e não disse, na sua declarações de interesses, que tinha feito parte da administração do Grupo Sousa, algo que o deveria ter impedido, em nome da transparência que tanto apregoa (mas que, como se vê, não pratica), sequer de participar na referida inquirição. Não se afastou da comissão, mas deveria…

Paulo Cafôfo, antigo líder do PS da Madeira e hoje secretário de Estado no Governo socialista, foi chamado a depor na comissão de inquérito à queda de árvore. Recusou-se perentoriamente, fugindo do crivo democrático como “o diabo foge da cruz”. Deveria ter ido à comissão? Deveria…

Há um ditado muito português que diz que “é do malho ou do malhadeiro”. Neste caso, penso que é dos dois… Ou seja, é uma questão pessoal e de partido. O PS acha-se acima de todos e contagia essa sobranceria para os seus militantes. Que se acham acima dos outros e imunes a inquéritos e outros quejandos…

Por isso, omitem, escondem e fogem.

E é esta gente que ainda quer ser poder na Madeira?! Seria bonito, não haja dúvidas…

Ângelo Silva