A Guerra Mundo

Lituânia pede aumento dos envios de armamento pesado para Kiev

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Foto EPA

O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu hoje um aumento dos envios para a Ucrânia de armamento pesado, e outras ajudas económicas e militares, e num momento em que se "espera" uma nova ofensiva russa em larga escala.

"Devemos ajudar os ucranianos a ganhar esta guerra porque só a vitória garantirá a segurança e a estabilidade a longo prazo na Europa", disse Nauseda durante uma conferência de imprensa conjunta na capital Vilnius com o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson, de visita ao país báltico.

"Manter a ajuda militar e económica a longo prazo à Ucrânia é um fator chave, especialmente nos próximos meses, quando se espera uma ofensiva russa em larga escala", assegurou o Presidente lituano, que sublinhou a necessidade de aumentar o envio de armamento pesado.

Nauseda também manifestou o seu apoio para que a Suécia e a Finlândia possam tornar-se membros efetivos da NATO, pelo facto dos Estados do Báltico considerarem importante a presença de forças da Aliança na sua vizinhança.

No encontro também foram aprovadas as crescentes sanções impostas à Rússia e Bielorrússia, e a importância de avançar com o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), indicou o portal de notícias báltico Delfi.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -- , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.