O valor mediano das vendas por m² de alojamentos familiares na Região Autónoma da Madeira voltou a cair no 3.º trimestre de 2022, desta feita cerca de 4% para 1.473 euros, quando no trimestre anterior era de 1.534 euros/m2. Já no 2.º trimestre havia ocorrido uma diminuição de 3,3% face ao 1.º trimestre, altura em que atingira o valor médio mais alto nesta actual série (1586 euros/m2).

Os dados divulgados hoje pelo INE revelam, contudo, que face ao trimestre homólogo de 2021, os preços ainda estão altos, registando um aumento de 5,74% (1.393 euros/m2).

"No 3.º trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.492 €/m2, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +13,5% (+17,8% no trimestre anterior)", informa o INE, oq eu revela que a Madeira está, agora, abaixo da média nacional. "O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em todas as 25 sub-regiões NUTS III, com exceção da sub-região Viseu Dão Lafões", informa.

Diz ainda a autoridade estatística que "as três sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Algarve (2.378 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (2.156 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.660 €/m2) – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (2.232 €/m2, 2.128 €/m2 e 1.650 €/m2, respetivamente) e estrangeiro (2.854 €/m2, 3.511 €/m2 e 2.292 €/m2). Na Área Metropolitana de Lisboa, registou-se a maior diferença entre o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: 1.383 €/m2, +65,0%".

Assinala-se que apesar da quebra trimestral, a Madeira continua a ter os preços médios consideravelmente altos, uma vez que é a quarta região, somente atrás das já referidas regiões do Algarve, Lisboa e Porto. Contudo, esta é uma média que, desta feita está a ser puxada para baixo pelos restantes concelhos.

Isto porque Funchal continua em alta, atingindo no 3.º trimestre mais um valor recorde, para 2.218 euros/m2. Isto significa um aumento de 15,58% face ao trimestre anterior (1.919 euros/m2), depois de nesse período ter ocorrido uma redução de 2,6% face ao 1.º trimestre (1971 euros(m2. Em termo homólogos, no 3.º trimestre de 2021 o preço médio era de 1.816 euros/m2 no Funchal, pelo que há um aumento de 22,1%.

"No 3º trimestre de 2022, ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (sete no 2º trimestre de 2022), destacando-se com decréscimos mais acentuados que o registado no país (-4,3 p.p.), Guimarães (-8,3 p.p.), Porto (-6,5 p.p.), Cascais (-4,8 p.p.), Leiria e Loures, ambos com -4,6 p.p. e Braga (-4,4 p.p.)", salienta a autoridade estatística. "Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga entre o 2º e 3º trimestre em 11 municípios, evidenciando-se Maia (+12,7 p.p.) e Matosinhos (+12,1 p.p.). Em Lisboa registou-se uma ligeira aceleração (+0,7 p.p.)", explica o .

Noutra análise, "entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas Funchal e Coimbra apresentaram simultaneamente um preço mediano (2 218 €/m2 e 1 708€/m2, respetivamente) e crescimento homólogo (+22,1% e +24,2%) superiores ao nacional. Para além destes municípios, também Barcelos (+25,6%) e Leiria (+18,4%), registaram taxas de variação homóloga superiores à do país", refere.

Estes dados colocam o Funchal como a nona cidade portuguesa mais cara para comprar casa.