DNOTICIAS.PT
Mundo

Primeira-ministra francesa convoca reunião sobre segurança após atentado de sábado

None

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, reúne-se hoje, a pedido de Emmanuel Macron, com os ministros do Interior, da Justiça e da Saúde, para discutir questões de segurança, após a morte de um turista alemão no sábado.

Borne presidirá à reunião no palácio Matignon, juntamente com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, o ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, e o ministro da Saúde, Aurélien Rousseau. Este tipo de reuniões é frequente quando o país é alvo de atentados.

Desde 13 de outubro, quando ocorreu o último atentado jihadista em Arras (norte), onde um professor de liceu foi morto à facada, que a França tem ativado o Vigipirate (operação antiterrorista) ao mais alto nível.

Ainda hoje, Jean-François Ricard, procurador antiterrorista, dará uma conferência de imprensa (19:30 locais, 18:30 em Portugal) para dar pormenores sobre o atentado de sábado no coração de Paris e que está a ser investigado como um atentado.

Os meios de comunicação social locais divulgaram que o suspeito Armand Rajabpour-Miyandoab, cujos pais são exilados políticos iranianos, deixou um vídeo em que se afirmava membro do Estado Islâmico.

Segundo as autoridades, durante o ataque o suspeito gritou em árabe Allah u-Akbar ("Alá é grande") e falou da morte injusta de muçulmanos em Gaza e no Afeganistão.

Rajabpour-Miyandoab, detido após o ataque depois de ter sido imobilizado por agentes na posse de uma arma de choque e que se encontra atualmente sob custódia policial, já cumpriu quatro anos de prisão, entre 2016 e 2020, por ter planeado realizar um ataque no oeste de Paris, num dos principais distritos comerciais da Europa, La Défense.

Desde a sua saída da prisão, este jovem, descrito como muito impressionável, consta da lista dos radicais islâmicos.

Desde 2012, os atentados jihadistas em França fizeram 273 mortos, a somar aos de sábado, e 1.200 feridos, sobretudo em 2015 e 2016, quando se tratou de ataques de maior envergadura organizados em grupos, e não por perfis que se assemelham a "lobos solitários".