Em Gaza sobrevive-se, resiste-se e morre-se, cá vivemos tempos de formatação do indivíduo, que é nivelado por baixo através da prevalência do pensamento único - o politicamente correcto, que enfraquece. A inteligência, pensar pela própria cabeça e o sentido crítico são qualidades abafadas pela estupidez, ignorância, grosseria e imbecilidade.

Aceitar que o direito à defesa de Israel, que belicamente se sobrepõe e atinge populações civis e instituições públicas, que nada têm a haver com o Hamas - é inaceitável. O Hamas, nem de perto é o legítimo representante do Povo Palestino.

A ofensiva israelita não respeita no que se compromete: manda os palestinianos para o Sul de Gaza e bombardeia-os(!), nem o Direito Internacional, já que pratica uma chacina indiscriminada, matando cerca de 5000 crianças, pondo em risco os seus próprios reféns. Não há nenhum lugar seguro em Gaza. É tudo para reduzir a escombros e matar!

A limpeza étnica está em curso, havendo ministros de Israel a preconizar a saída dos Palestinianos que sobrarem para fora da Palestina... e, pasme-se!, há quem defenda o lançamento, em Gaza, sobre os Palestinos duma bomba atómica! Isto é um terrorismo muitíssimo mais exponenciado, do que foi praticado pelo Hamas em 7 de Outubro.

O presidente da República teve um comportamento político inqualificável, pois na presença do representante da Autoridade da Palestina, ao dizer que, agora foram vocês que começaram(!), além de subverter todos os acontecimentos históricos, foi solidário com a lastimável cumplicidade europeia pró israelita. Ele é uma máquina de palavras, fala muito e demais, contrariando a posição oficial do executivo de Portugal. Marcelo, ao invés de se explicitar, negou o que disse(!), mas, já o tinha - de facto - dito.... A pandemia da saúde mental não pode nem deve chegar à presidência.

Vítor Colaço Santos