Fariseus na Paróquia do Piquinho

Durante 10 anos, um grupo de pessoas, familiares entre si, usaram o estatuto de Comissão da Confraria do Santíssimo Sacramento para ludibriar tudo e todos, com a concordância de um padre que a todos chamava irmão e pagava muito bem a quem prestasse qualquer serviço na Paróquia.

A finalidade desta confraria, segundo o seu estatuto é: «promover o culto público ao Santíssimo Sacramento; exercer outras atividades de apostolado, tais como: a evangelização, obras de piedade e caridade e propor e fomentar o serviço de ministros extraordinários da Comunhão.»

O mesmo estatuto afirma que «não é permitida a eleição de qualquer membro por mais de dois mandatos consecutivos» (artigo 20). Cada mandato tem a duração de 3 anos.

Ao fim de 10 anos de transformação da confraria num bairro de festas e pândegas familiares, sempre com a conivência do pároco da altura. O padre morreu e a paróquia foi entregue a outro padre, manietado por este grupo.

Perante o vazio de poder, porque a confraria já não tem autoridade legal, o novo padre quer reorganizar a Paróquia na sua verdadeira dimensão religiosa. Começou pela alteração da Comissão de Gestão da Capela das Preces, cuja celebração da padroeira, no fim de semana passado foi um momento de enorme liberdade de alegria, participação, comunhão, que nem na sede da Paróquia alguma vez houve tanta. Quem lá foi, apenas disse maravilhas. Antes, era a tal equipa familiar que condicionava tudo e todos a participar na vida da capela, como se fosse o seu reinado: eram festas de rambóias e afins, sempre com o mesmo grupo e mais uns quantos ditos amigos.

Desta vez, é a vez de reorganizar a confraria do Santíssimo, porque carece de validação do bispo. Não há registo dos irmãos, não há apresentação de contas e de tudo aquilo que está previsto nos estatutos.

Neste momento, o dito grupo familiar, que de santidade apenas tem no nome, está a servir-se do Facebook para manipular, através de informações falsas e que podem conduzir a processos canónicos, civis e criminais, porque tentam pôr em causa as leis em vigor para este tipo de actividade associativa, sem estarem mandatados para o exercício. Além de já terem excedido os mandatos, têm tido acções que deverão levar à intervenção do poder criminal. Actos como: falta de apresentação das respectivas contas, apropriação de dinheiros recolhidos pelas casas da paróquia para proveito próprio, bloqueio do acesso a espaços que são da paróquia, apropriação do ouro da imagem de Nossa Senhora e outros valores patrimoniais da paróquia, e mais umas coisas.

Neste momento, pretendem condicionar a reorganização da vida da paróquia dedicando-se a maldizer o padre da paróquia, a pôr em causa a autoridade do bispo para convocar uma assembleia de irmãos da confraria e até estão a ameaçar o próprio padre da paróquia e a mais uns quantos paroquianos.

Será que os paroquianos da Paróquia do Piquinho querem este grupo de pessoas, algumas delas que nem pertencem à Paróquia, para gerir uma confraria quando não cumprem os estatutos, não prestam contas a ninguém, usam e abusam dos dinheiros que as pessoas têm dado, não vão à missa, não participam da vida da igreja e apenas vão à festa do Senhor mostrar os fatos e vestir uma capa vermelha, à moda dos fariseus?

No domingo, dia 5 de novembro, haverá nova Confraria, e esta estará civil e canonicamente eleita. Depois, há que agir judicialmente contra quem usurpa os bens de uma paróquia para seu proveito.

JV