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Madeira

Avicultura industrial e a pesca crescem enquanto abate de gado diminui na Madeira

Os madeirenses estão a comer mais frango, ovos e peixe e a reduzir no consumo de carnes vermelhas

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O abate de frango cresceu 8,9% nos primeiros nove meses deste ano, totalizando 2.649,3 toneladas

Os madeirenses estão a consumir mais ovos, frango e peixe, em contrapartida estão a reduzir nas carnes vermelhas. Isto é pelo menos aquilo que se pode depreender dos dados apurados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) junto das empresas da Região que desenvolvem a actividade da avicultura industrial.

A produção de ovos ultrapassou os 24 milhões de unidades entre Janeiro e Setembro deste ano, aumentando 4,7% em termos homólogos, enquanto o abate de frango cresceu 8,9% face aos primeiros nove meses do ano anterior, totalizando 2.649,3 toneladas, revela a DREM na publicação desta quarta-feira.

Por sua vez, o gado abatido, expresso em toneladas, decresceu 9,0% em termos homólogos no cômputo dos primeiros três trimestres de 2023, variação justificada pela quebra verificada no abate de bovino (-9,5%). A variação homóloga do gado abatido para o 3.º trimestre de 2023 foi de -7,4%.

No domínio da pesca, a informação recolhida pela DREM junto da Direção Regional de Pescas para os primeiros nove meses de 2023, mostra que este período se caraterizou por um aumento, em termos homólogos, nas quantidades capturadas de pescado de 1,0% e numa subida no valor de primeira venda de 15,6%.

Entre Janeiro e Setembro, a pesca descarregada na Região rondou as 4.163,8 toneladas, gerando receitas de primeira venda de 15,8 milhões de euros.

Mais atum e chicharro e menos peixe-espada preto e cavala

Nas principais espécies capturadas, apenas o atum e similares (+6,9%) e o chicharro (+17,6%) apresentaram aumentos face aos primeiros nove meses de 2022, que determinaram a variação positiva na globalidade das capturas, com o peixe-espada preto (-4,9%) e a cavala (-2,6%) a apresentarem quebras.

Em valor, todas as espécies apresentaram acréscimos. Por sua vez, o peixe-espada preto destacou-se, já que registou o maior aumento (+35,1%), seguido do chicharro (+5,6%) da cavala (+3,8%) e do atum e similares (+1,3%), todos contribuindo para a variação positiva nas receitas totais acima referida.

A DREM assinala que, neste período, 50,4% do valor das capturas foram respeitantes ao peixe-espada preto.

O preço médio de pescado apurado na primeira venda para o período em referência (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) foi de 3,85€ (3,37€ no mesmo período de 2022), com o preço médio para o atum e similares a atingir os 3,14€ (3,31€ no período homólogo) e para o peixe-espada preto os 4,72€ (3,34€ nos primeiros nove meses do ano precedente).

A DREM assinala ainda que no 3.º trimestre de 2023, a quantidade descarregada de pescado subiu 52,4% em termos homólogos, enquanto o valor cresceu 34,4%.