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Madeira

PS quer saber a verdade sobre o ciberataque ao SESARAM

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O Partido Socialista critica o Governo Regional por adiar para Fevereiro a implementação dos tempos máximos de resposta garantidos na Saúde. Victor Freitas, numa conferência de imprensa realizada esta manhã, exigiu que o secretário regional da tutela fale a verdade aos madeirenses sobre o ciberataque ao SESARAM, uma vez que essa foi a justificação dada para este adiamento.

O líder socialista fez questão de salientar que o PS tem vindo a lutar, há mais de uma década, pela implementação desta medida, recordando que, só após a insistência da oposição, o PSD colocou esta medida no seu programa de Governo em 2015, mas levou oito anos a oficializá-la.

A 30 de Maio deste ano o executivo publicou a portaria que define os tempos máximos de resposta, a qual entraria em vigor a 30 de Julho. No entanto, a 6 de Agosto ocorreu o ciberataque ao SESARAM e a 20 de Setembro o secretário regional da Saúde afirmou que a situação já estava resolvida, à excepção da radiologia. Mas, “para nosso espanto, agora, a 10 de Novembro, sai uma portaria a adiar novamente a implementação dos tempos máximos de resposta garantidos, utilizando como argumento o facto de ter existido um ciberataque”, constatou o líder parlamentar do PS.

Por isso, o socialista pede a Pedro Ramos que venha "falar a verdade aos madeirenses sobre a real situação do serviço informático do SESARAM na sequência do ataque". Victor Freitas considera que o governante “não pode, por um lado, dizer que já está tudo resolvido, e, por outro, vir numa portaria adiar para Fevereiro questões pelas quais temos vindo a lutar há mais de uma década”. Victor Freitas insta o titular da pasta da Saúde a explicar se, de facto, a situação está resolvida e se os médicos e enfermeiros conseguem aceder ao historial dos doentes antes do ciberataque. “Nós gostaríamos de saber a verdade em relação a esta matéria, porque chega de opacidade e de esconder a realidade aos madeirenses”, rematou.