DNOTICIAS.PT
Mundo

Quase 150 migrantes resgatados após naufrágio junto à costa de Zuara na Líbia

Foto ilustrativa/UNHCR/Giuseppe Carotenuto/Parlamento Europeu
Foto ilustrativa/UNHCR/Giuseppe Carotenuto/Parlamento Europeu

Os serviços de segurança costeira da Líbia resgataram, na sexta-feira, 147 migrantes de várias nacionalidades árabes e africanas, após o naufrágio da precária embarcação onde seguiam junto à costa da cidade portuária de Zuara, anunciou o Governo líbio.

Os migrantes resgatados foram levados até ao porto de Tripoli e entregues ao serviço de luta contra a migração irregular, de acordo com o Ministério da Administração Interna do Governo de Unidade Nacional, governo provisório formado em março de 2021, que junta o Governo de Acordo Nacional de Fayez al-Sarraj, que surgiu em 2016 no lado ocidental e que é reconhecido pela ONU, e o governo paralelo de Abdallah al-Theni, que não é reconhecido pela comunidade internacional, com sede em Cirenaica, uma região controlada pelas forças do marechal Khalifa Haftar.

A zona onde naufragou a embarcação na sexta-feira, junto à costa de Zuara, perto a fronteira com a Tunísia, é considerada um dos pontos de partida na chamada rota do Mediterrâneo central.

A operação de resgate hoje anunciada aconteceu poucas horas depois de a companhia geral de Transporte Marítimo Nacional ter anunciado que um dos seus barcos interveio no socorro a 28 migrantes ilegais de nacionalidade síria, entre os quais mulheres e crianças, que precisavam de assistência, após o naufrágio do barco pneumático onde seguiam junto à costa de Tripoli.

A Líbia é um país de trânsito para milhares de migrantes que tentam cruzar o Mediterrâneo central e, juntamente com a Tunísia, transformou-se num dos principais pontos de saída do Norte de África.

Entre maio e junho deste ano, pelo menos 704.369 migrantes ilegais estavam na Líbia, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo a OIM, no ano passado, 24.684 pessoas foram resgatadas ou intercetadas e devolvidas ao país magrebino, embora este seja considerado um lugar "não seguro", 529 morreram e 848 desapareceram.