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Manifestações em França contra anti-semitismo são "motivo de esperança"

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje saudar "com respeito" aqueles que vão desfilar no domingo em França contra o antissemitismo, considerando-os um "motivo de esperança", segundo o palácio do Eliseu.

"O Presidente da República tem lutado sem tréguas contra todas as formas de antissemitismo desde o primeiro dia. O facto de manifestações em toda a França apoiarem esta luta é um motivo de esperança. É por isso que o Presidente saúda respeitosamente todos aqueles que no domingo vão marchar pela República, contra o antissemitismo e pela libertação dos reféns", escreveu o Eliseu num comunicado.

A presidente da Assembleia Nacional francesa, Yaël Braun-Pivet, e o seu homólogo do Senado, Gérard Larcher, organizaram uma marcha cívica que se realizará no domingo, em resposta ao aumento de atos antissemitas em França.

O evento gerou controvérsia, sobretudo devido à presença anunciada da União Nacional, de Marine Le Pen, um partido de extrema-direita que enfrenta acusações relativamente ao seu passado antissemita.

O imã da comuna de Drancy, nos subúrbios de Paris, Hassen Chalghumi, conhecido pela sua disponibilidade para dialogar com a comunidade judaica, disse que irá participar na marcha "para dizer alto e bom som 'Não ao ódio e ao antissemitismo'".

A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza -, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 35.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, quase 27.500 feridos, 2.450 desaparecidos, na maioria civis, e mais de 1,5 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

Desde o início da guerra, realizaram-se em França várias manifestações pró-palestinianos.