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Governo palestiniano pede ao Ocidente que não esqueça vítimas da contraofensiva

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano lamentou hoje que as reações ocidentais à ofensiva do Hamas contra Israel sejam uma distorção da realidade ao "ignorar o número de vítimas" palestinianas e "a destruição" causada pelo contra-ataque israelita.

As autoridades palestinianas recordaram que, até agora, 313 pessoas foram mortas e quase 2.000 feridas nas operações israelitas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

"Um grande número dos quais eram civis indefesos e aqui o ministério pergunta: onde estão as respostas da comunidade internacional a isto?", referiu, em comunicado.

A tutela lamentou particularmente a constante reivindicação dos aliados do Estado judeu ao direito de Israel à autodefesa, por entender que se trata de uma "autorização internacional" para que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, cometa massacres, o que "converteria a comunidade internacional em cúmplice" destes crimes.

As autoridades palestinianas criticaram outras medidas de "punição coletiva", como a decisão tomada no sábado por Israel de cortar o fornecimento de eletricidade a Gaza "com o objetivo de matar de fome a população".

Por último, o Governo palestiniano chama a atenção para a situação na Cisjordânia, que está atualmente sob numerosos bloqueios israelitas: "Os postos de controlo estão a desarticular a área, impedindo a circulação de cidadãos e dando liberdade aos colonos israelitas para cometerem mais crimes", descreveu.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Segundo os balanços mais recentes, pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.

Benjamin Netanyahu declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.