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Madeira

Chega diz que "pescadores querem trabalhar e não podem", por exemplo nas Selvagens

Grupo parlamentar visitou Feira do Mar e do Pescador

Foto DR/Chega
Foto DR/Chega

O grupo parlamentar do Chega-Madeira visitou hoje a 'Feira do Mar e do Pescador', no Caniçal, onde puderam ouvir o sector. Entre as principais queixas, garante o líder do partido na Madeira, é a de que os "pescadores querem trabalhar e não podem".

Num "certame de índole gastronómica e cultural que é organizado pela Casa do Povo do Caniçal e que decorre até ao dia 16 deste mês, incluindo atividades como, por exemplo, demonstrações gastronómicas, atuações musicais, artesanato local e 'workshops'. Além de marcarem presença nos vários pontos de atração do evento, os deputados do Chega-Madeira reuniram, à margem do evento, com os cidadãos, de quem ouviram opiniões e preocupações sobre o estado atual da política local e regional", refere uma nota de imprensa.    

Segundo Miguel Castro, que também é o líder da bancada parlamentar do partido, fizeram "questão de cá vir porque, como todos já sabem, o Chega não é um partido para ficar trancado nos gabinetes, mas sim um partido de proximidade às pessoas. Por isso, cá estamos, não só pelo grande respeito que temos pelas pessoas do Caniçal, com quem temos vindo a estabelecer laços de maior proximidade, mas também porque temos vindo a acompanhar com grande atenção e preocupação o que se tem vindo a passar no sector das pescas, que é a principal fonte de trabalho e rendimento de muitas famílias nesta zona da Madeira", argumenta.

O dirigente realçou "a ideia geral de insatisfação e revolta que lhe foi transmitida pelas pessoas que abordaram o partido", frisando que "muitas das pessoas que nos abordaram realçaram dois assuntos diferentes. Em primeiro lugar, a redução dramática nas quotas de pesca, que, até hoje, nunca foi explicada. Porque é que a Madeira aceitou a imposição? E quem é que ganhou com esse negócio? Em segundo lugar, a proibição da pesca do atum na Reserva Marinha das Selvagens, que não faz sentido nenhum, pois a pesca de salto e vara não compromete o equilíbrio ambiental. Aliás a medida imposta pelo Governo Regional está mal feita e só faz com que os barcos fiquem amarrados e não possam ir para o mar", criticam.

O líder do Chega aponta que "os pescadores querem trabalhar, mas não podem e são atirados para o desemprego, sem direito a apoios, por um PSD que trata as pescas aos pontapés". Miguel Castro vai mesmo mais longe e afirma: "A boa gente do Caniçal não quer subsídios. Eles querem trabalhar, mas o Governo não deixa!"  

Por fim, sublinha que "as mudanças orgânicas feitas ao nível da estrutura do Governo demonstram, na sua opinião, 'a falta de respeito do PSD relativamente às pescas'", o que demonstra que "o PSD não tem plano, não tem visão e não tem respostas para o sector das pescas. A última prova disso foi o facto de que, na reorganização das secretarias, atirou as pescas para a secretaria da Economia só para que os funcionários que estavam sob a tutela de um secretário do CDS, entretanto dispensado, fiquem, à mesma, debaixo de outro secretário do CDS. Faz algum sentido meter as Pescas dentro da Economia? Não faz. É tudo feito por conveniência política e nunca com base no bom senso ou no respeito pelo sector", critica Miguel Castro.