Mundo

Governador demite secretário de Segurança após ataque de 'bolsonaristas'

FOTO ANDRÉ BORGES/EPA
FOTO ANDRÉ BORGES/EPA

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, informou que demitiu o secretário de Segurança, Anderson Torres, e que colocou todo o efetivo policial nas ruas para prender "bolsonaristas" que invadiram hoje a sede dos três poderes, em Brasília. "Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios", escreveu Rocha.

"Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF [Distrito Federal, Anderson Torres], ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF [Governo do Distrito Federal] à disposição do mesmo", acrescentou.

Anderson Torres, nomeado recentemente secretário de Segurança do Distrito Federal é apoiante público de Jair Bolsonaro e atuou como Ministro da Justiça até quase ao fim do mandato do ex-presidente. É função das autoridades de segurança do Distrito Federal cuidar da segurança pública de Brasília e cidades localizadas em seus arredores.

Torres está na Flórida, nos Estados Unidos da América, mesmo estado em que se encontra Bolsonaro, e usou as redes sociais mais cedo para dizer que "cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios". "Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília", acrescentou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados do Governo de Lula da Silva informaram que já pediram uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal, onde se localiza a capital, Brasília.

A reação do governador do Distrito Federal ocorre horas depois de centenas de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram a sede do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, na capital do país, Brasília, numa manifestação em que pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.

Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora do Palácio do Planalto e do STF, a serem divulgadas nas redes sociais. A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.