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Jacinda Ardern renuncia ao cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia

Foto EPA/BEN MCKAY
Foto EPA/BEN MCKAY

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou hoje a sua renúncia ao cargo de chefe de governo, convocando eleições para 14 de outubro.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa, detalhando que ficará no cargo até ao próximo dia 07 de fevereiro, enquanto o seu partido -- Partido Trabalhista -- encontra uma nova pessoa para ocupar o seu lugar, segundo o jornal NZ Herald.

"Dei tudo de mim para ser primeira-ministra, mas isso também exigiu muito de mim", disse.

"Não posso e não devo fazer o trabalho a menos que tenha um tanque cheio e um pouco de reserva para os desafios não planeados e inesperados que inevitavelmente surgem. Tendo refletido no verão, sei que não tenho mais aquele pouco extra no tanque para fazer justiça ao trabalho. É simples", prosseguiu.

Ardern assegurou que por trás da sua decisão não existe "nenhum escândalo desconhecido".

"Sou humana. Damos tudo o que podemos pelo tempo que podemos e então chega o momento. E para mim, é o momento", disse.

Perante esta decisão, o Partido Trabalhista deve eleger no domingo o novo líder da força partidária e o novo primeiro-ministro.

No entanto, o eleito deverá governar até 14 de outubro, data em que se realizam as eleições legislativas, de acordo com o NZ Herald.

Ardern, de 42 anos, tornou-se primeira-ministra em agosto de 2017, sendo a pessoa mais jovem na história da Nova Zelândia a ocupar o cargo.

A governante cessante chegou ao poder depois de concordar com uma coligação com os Verdes e os Nacionalistas da Nova Zelândia, encerrando uma década de governo conservador.