O Sporting Clube de Portugal atravessa uma fase crítica da sua história. Todos o sabem. Mas também temos aprendido com a nossa equipa a nunca atirar a toalha ao chão, quando as tempestades persistem em levar tudo pela frente, exceto o clube do nosso coração. Também não se pode escolher o caminho mais fácil, porque se o fizéssemos, não seríamos o Sporting Clube de Portugal, porque o facilitismo não se enquadra na nossa dinâmica e história de persistência e resiliência.

O que talvez falte nesta equação é a Unidade, ou seja, todos somos verdadeiramente Sportinguistas – com a natural ressalva para os adeptos de outras cores – e, consequentemente, estamos todos juntos no mesmo barco que navega. Para ver a costa, é preciso que todos remem para o mesmo lado… E depois? Bem, depois, só Deus sabe o que pode acontecer, e bem passamos sem as bolas de cristal fatalistas dos treinadores de bancada. Temos equipa e, portanto, vamos a eles. Deixe-se jogar. Como? Vamos à luta dando o corpo e a massa cinzenta ao caminho duro, penoso, porque só assim chegaremos ao fim e ficaremos orgulhosos da caminhada e talvez da palma da vitória. Aguenta, firme, Sporting! O Sporting Clube de Portugal nunca vira as costas a um grande desafio. E os adeptos? Simples: se achavam que deixaríamos de carregar esta equipa, estes jogadores devido a uma conjuntura menos favorável estão a errar nos palpites. Não queremos falhar com este Sporting, com esta equipa, quando o momento é menos luminoso. A resposta é ajudar a mostrar a luz, sabendo esperar, e estimulando a genialidade de cada jogador. É fácil dizer que se é do Sporting quando se ganha ou quando não somos campeões há 19 anos… nós, os Sportinguistas honramos o desporto, apoiamos o Sporting nas derivas e nas glórias, e sabemos esperar com o olhar colocado no futuro e não no demérito conjuntural da equipa. Esta raça dificilmente se vergará porque acredita que o futuro se escreve sempre de Esperança.

Pedro Agrela