Desporto

Movimento 'Salvar Marítimo' demarca-se do passado e pede respostas a Rui Fontes

Grupo de sócios verde-rubros quer destituir o actual dirigente verde-rubro, que foi eleito há menos de um ano

Rui Fontes venceu as eleições para a presidência do Marítimo com 65% dos votos.
Rui Fontes venceu as eleições para a presidência do Marítimo com 65% dos votos., Foto ASPRESS

Onze meses depois da vitória clara e inequívoca que o fez regressar, 24 anos depois, à presidência do Marítimo, Rui Fontes é agora alvo de um movimento organizado por alguns sócios verde-rubros, que envidam esforços para o destituir através de uma Assembleia-Geral Extraordinária.

'Salvar Marítimo' é o nome do movimento que quer afastar Rui Fontes, dirigente que já está cravado na história da instituição pelos piores motivos: um arranque de campeonato sem precedentes - sete jogos e outras tantas derrotas - a que acresce o protagonismo da novela de Verão que já levou, inclusive, à demissão do presidente da SAD do Marítimo, João Luís, e do vice-presidente da Direcção, Luís Olim.

Através de comunicado, três sócios dão a cara pelo grupo que já deverá contar com cerca de meia centena de apoiantes. São eles Hélder Santos, Abel Spínola e Egídio Carreira, que comungam o mesmo sentimento: a prioridade, neste momento, "é a defesa intransigente do Club Sport Marítimo".

"Este movimento apela aos sócios do clube para que façam uma reflexão séria sobre o momento actual da Instituição", pode ler-se na missiva, onde fica explícito que este mesmo grupo "assume-se como independente, sem qualquer ligação ao passado recente ou longínquo e apresenta-se como uma terceira via rumo ao futuro".

Para o movimento 'Salvar Marítimo' os valores, a honra e a ética "são para ser respeitados", e é nesta perspectiva que aguardamos que a Direcção do Marítimo se pronuncie até amanhã sobre o conjunto de questões que lhe foram endereçadas. Movimento 'Salvar Marítimo'

A ideia passa agora por convocar uma Assembleia-Geral Extraordinária em cuja ordem de trabalhos deverá se resumir em dois pontos. O primeiro para analisar a conjuntura do clube e, de seguida, votar a destituição dos órgãos sociais com vista à realização de processo eleitoral a se realizar com a maior brevidade possível.

Rui Fontes foi eleito em 22 de Outubro de 2021 para um mandato de quatro anos (até 2025), após ter ocupado o cargo entre 1988 e 1997, tendo sido sucedido na presidência do clube por Carlos Pereira, que dirigiu o emblema madeirense ao longo de 24 anos.