Desporto

João Henriques sublinha fragilidades verde-rubras após derrota com o Gil Vicente

"Jogadores fizeram tudo, mas simplesmente não têm condições para jogar a este nível", disse o treinador do Marítimo

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O novo treinador do Marítimo, João Henriques, não disfarçou a sua preocupação após a derrota desta tarde, por 2-1, na recepção ao Gil Vicente, em jogo a contar para a 6.ª jornada da I Liga.

Após o jogo, na 'flash' à SportTV, o treinador verde-rubro mostrou-se preocupado e deixou a entender que há muito trabalho a fazer para dar a volta a esta situação negativa: "Temos vários jogadores lesionados, estamos muito limitados nas opções. Hoje, os jogadores, apesar de terem sido honestos e terem dado tudo, não conseguiram jogar como quero porque, simplesmente, não têm condições para jogar a este nível. Os que entraram após o intervalo estavam prontos para serem substituídos".

"O Marítimo teve uma boa entrada no jogo, foram 25 minutos de acordo com o que pedi aos jogadores nestes três dias de muita conversa e pouco trabalho", disse João Henriques, que chegou a meio da semana à Madeira para substituir Vasco Seabra no comando técnico dos verde-rubros.

"Mas tenho de ser honesto e, sem querer beliscar ninguém, a equipa não está preparada para jogar da forma que eu quero. Isso foi visível, houve uma quebra na primeira parte e pelo que foi acontecendo na segunda. Houve supremacia do Gil, que estava disponível para lutar todos os lances e a equipa do Marítimo não o consegue fazer. A realidade é esta", reforçou.

"É preciso um andamento diferente para jogar a este nível"

Já na conferência de imprensa, o treinador sublinhou as fragilidades da equipa: "Para se jogar a este nível temos de ter um andamento diferente, daquele que tivemos nos 20, 25 minutos iniciais, só que a equipa não aguenta esse ritmo e ficou visível a todos. A sensação que temos, e não estou com isto a dizer que há responsabilidade de quem esteve antes, é que para a nossa forma de jogar que é intensa e agressiva para ganhar jogos, os jogadores não estão preparados".

"Eles [jogadores] foram bravos e quiseram muito. Ninguém pode apontar o dedo a nenhum jogador. Com os que entraram tentámos ajudar, apesar de não termos muitas alternativas, porque não tínhamos alas para jogar nos corredores, não tínhamos jogadores com as características que precisávamos para continuar a ser uma equipa agressiva, mas fomos tentando dar frescura à equipa, mas a sensação que eu tive é que quem entrou na segunda parte estava pronto para ser substituído no fim", realçou o treinador do Marítimo.

"Na minha conceção, em alto rendimento precisamos de outro andamento que não temos. Foi isso que disse na roda no final do jogo e pedi-lhes para levantarem a cabeça, porque quem faz aquilo que pode e sabe com toda a honestidade, não pode baixar a cabeça", disse, ainda, numa mensagem de incentivo à equipa, que na próxima jornada vai ao Estádio da Luz, para defrontar o Benfica. 

Após seis jornadas do campeonato, o Marítimo continua em último sem qualquer ponto, o mesmo acontecendo com o Paços de Ferreira, que hoje perdeu, em casa, diante do Casa Pia (2-3).