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Venezuela deixa de exigir validação electrónica de vacinação a turistas

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Foto DR

As autoridades venezuelanas anunciaram hoje que vão deixar de exigir a validação eletrónica de vacinação anticovid-19 aos turistas que cheguem à Venezuela por via aérea.

O anúncio foi feito pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), através de um comunicado onde explica que, no entanto, os turistas têm de apresentar, na origem, um esquema de vacinação completo ou um teste PCR-RT com resultado negativo.

"O INAC informa o público em geral que, a partir de 31 de agosto deste ano, com o objetivo de facilitar os protocolos de entrada no território nacional, para a prevenção e atenção da covid-19, fica sem efeito o registo e apresentação do Passe de Viajante de Biossegurança (Sistema Automatizado Biocheck)", explica o documento.

Segundo o INAC "no momento do 'ckech-in', na origem, o passageiro deve apresentar apenas o programa de vacinação completo e/ou um teste PCR-RT com resultado negativo" e "à chegada à República Bolivariana da Venezuela, o passageiro deve cumprir as instruções das autoridades sanitárias".

"A Autoridade Aeronáutica venezuelana insta as companhias aéreas a cumprir fielmente os protocolos de biossegurança estabelecidos pelo Governo Bolivariano, com o objetivo de salvaguardar a ordem e o bem-estar do povo venezuelano", afirma.

No comunicado o INAC diz continuar "a contribuir com o combate contra a covid-19, implementando as medidas ordenadas pelo Executivo nacional a fim de contra-arrestar os efeitos da pandemia, cumprindo de maneira cabal os regulamentos emitidos pelo Governo Bolivariano, com o apoio do Ministério do Poder Popular para os Transportes".

Em 14 de junho último o INAC anunciou que a partir de 1 de agosto de 2022 os turistas que chegassem à Venezuela por via aérea teriam de validar eletronicamente a vacinação anticovid-19.

"Com o objetivo de reforçar os protocolos de biossegurança da covid-19 no nosso país, o INAC pôs em marcha o sistema automatizado Biocheck, ou Passe de Viajante de Biossegurança, que consiste num processo de validação eletrónica do esquema de vacinação do passageiro que deve ser apresentado ao momento de entrar na Venezuela", explicou aquele organismo em um comunicado divulgado em Caracas.

O INAC exigia obter que o turista se registasse no portal https://biocheck.inac.gob.ve e preencher os dados aí solicitados, enviasse uma foto tipo 'selfie' mostrando o passado o documento de identificação, um certificado de vacinação contra a covid-19 cuja última dose tenha sido aplicada há pelo menos 14 dias antes da data de entrada no país.

Uma vez cumprido aquele requisito o sistema enviava uma mensagem de correio eletrónico indicando que a candidatura tinha sido submetida e, verificados os dados, em até 72 horas, o passageiro recebia por via eletrónica o Passe de Viajante de Biossegurança em formato PDF, que deveria apresentar no momento do check-in, no balcão da companhia aérea e cada vez que lhe fosse pedido.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 542.397 casos de covid-19. Há ainda 5.796 mortes associadas ao novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, em março de 2020.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Os dados mais recentes da universidade Johns Hopkins, que continua a compilar os números, apontam para mais de 6,49 milhões de mortos e mais de 602,8 milhões de casos em todo o mundo.