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IL questiona governo sobre uso de algoritmos na prevenção e combate ao fogo

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Foto Global Imagens

O partido Iniciativa Liberal (IL) questionou a secretária de Estado da Administração Interna sobre a forma como o governo está a usar algoritmos na prevenção e combate aos incêndios e se a informação obtida serve para decretar estados de exceção.

Numa carta assinada por oito deputados do partido e endereçada ao presidente da Assembleia da República, mas destinada a Patrícia Gaspar, o partido salienta que a área ardida em Portugal em 2022 está próxima dos 100 mil hectares, sendo, por isso, "o país da Europa com maior percentagem de território ardido (cerca de 1%), de acordo com o sistema de monitorização europeu Copernicus".

"Recorde-se, por exemplo, que só no Parque Natural da Serra da Estrela arderam mais de 25 mil hectares", diz o partido.

Cerca de 10.000 hectares já arderam na Serra da Estrela

Cerca de 10.000 hectares arderam até hoje na Serra da Estrela, onde desde sábado lavra o incêndio que começou na Covilhã, segundo o sistema de vigilância europeu Copernicus.

Apontam que a secretária de Estado da Administração Interna referiu recentemente, com base em "estudos de que o Ministério dispõe", que "os algoritmos dizem que a área ardida (...) devia ser 30% superior".

Para a Iniciativa Liberal, trata-se de "valiosa informação científica" e importa esclarecer de que forma os dados provenientes dos algoritmos estão a ser utilizados "e que projeções é possível fazer com base neles em termos de planeamento e de combate aos incêndios".

Nas oito perguntas, os deputados querem saber se os algoritmos foram ou não desenvolvidos por equipas do Ministério da Administração Interna, se a informação obtida está a ser usada para determinar estados de exceção ou se os algoritmos permitem efetuar previsões de área ardida para a totalidade da época de incêndios.

Perguntam também se a informação obtida através de algoritmos é partilhada com outras entidades, que previsões de área ardida estão a ser utilizadas para os períodos temporais e territórios disponíveis, se o MAI tem intenção de partilhar os algoritmos com outros países e, por último, se há condições para desenvolver os algoritmos de modo a haver informação mais rigorosa no futuro.