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Presidente colombiano suspende ordens de prisão contra negociadores da guerrilha

Foto Ricardo Maldonado Rozo/EPA
Foto Ricardo Maldonado Rozo/EPA

O Presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou hoje a suspensão das ordens de prisão e de extradição contra os negociadores dos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que estão em Cuba para iniciar diálogos de paz.

"Quero anunciar que por decreto, assinado ontem [sexta-feira], autorizei o restabelecimento dos protocolos, permitindo novamente negociadores" e que "possam reconectar-se com a sua organização, suspendendo ordens de prisão" e de extradição a esses negociadores para que "comece um diálogo com o Exército de Libertação Nacional", disse o chefe de Estado colombiano. Acrescentou ainda que o que se pretende é "tentar construir o caminho, oxalá rápido e expedito, onde esta organização deixe de ser uma guerrilha insurgente na Colômbia".

As negociações do Governo colombiano com o ELN começaram em 2017 em Quito, durante o executivo de Juan Manuel Santos, e em 2018 foram transferidas para Havana, onde se encontram os principais dirigentes da guerrilha, apesar de durante a liderança do então presidente Iván Duque estas tenham ficado paralisadas definitivamente.

Gustavo Petro sublinhou que, com a resolução para suspender as ordens de prisão e de extradição, "começa uma nova possibilidade de processo de paz na Colômbia", fazendo votos que "traga em concreto a diminuição da violência".

Em 18 de agosto, o ELN anunciou a libertação de seis membros das forças de segurança, a anteceder as negociações de paz com o governo do novo Presidente colombiano.

A libertação dos seis homens foi um "gesto humanitário unilateral" que reconhece os esforços do governo colombiano para facilitar o regresso do diálogo, segundo uma declaração do ELN, recebida pela AP.