Artigos

Uns devidos reconhecimentos

Durante a semana antepassada a Madeira acolheu a primeira edição da Masterclass Internacional de Piano. Digo “a Madeira” porque, embora a iniciativa tenha sido inserida no projeto Academia Internacional das Artes da Madeira, da Associação Amigos do Conservatório de Música da Madeira (AACMM), ela não poderia ter acontecido sem o apoio e a colaboração de diversas entidades regionais.

Em primeiro lugar, a realização foi apoiada através do contrato-programa entre a AACMM e o Governo Regional, através da Direção Regional da Cultura. Isso, já por si, foi um reconhecimento importante do valor deste projeto para a Região, tanto internamente como pela sua projeção no exterior.

Também não teria sido possível concretizar a masterclass sem um lugar que satisfizesse todos os requerimentos profissionais imanentes. A colaboração e o apoio do Conservatório - Escola Profissional das Artes Engº Luiz Peter Clode, desenvolvidos e reforçados ao longo dos anos, foram, neste sentido, imprescindíveis. Salas com instrumentos dignos onde decorriam as aulas, salas para estudo de todos os participantes, um espaço acolhedor com funcionários igualmente afáveis – em suma, um ambiente físico e emocional que foi amplamente apreciado e louvado, pelos participantes e pelos professores.

A contribuir para a receção carinhosa, e a ajudar na orientação inicial dos participantes que, por sinal, pela primeira vez na vida vieram à Madeira, especificamente para a masterclass, os brindes e material promocional da Região, gentilmente cedidos pela Direção Regional de Turismo.

E ainda não teria sido possível levar a cabo esta iniciativa sem o apoio do Grupo Porto Bay que, continuando com o seu apoio incondicional aos projetos da AACMM desde há muito tempo, albergou os professores visitantes numa das suas unidades hoteleiras e assim contribuiu não só para a viabilidade da mesma, como para o bem-estar e a recuperação dos docentes, entre as horas do trabalho emocional e intelectualmente desgastante. Além disso, os dois concertos finais dos participantes tiveram lugar em duas unidades hoteleiras do Grupo, embora abertos para o público em geral. Deste modo, os jovens músicos tiveram a oportunidade de partilhar os frutos do seu trabalho dessa semana e o público pôde apreciar o seu talento e musicalidade.

A semana foi coroada com um jantar que contou com a presença de todos os envolvidos, em que o restaurante PVP deu a oportunidade aos visitantes de se verdadeiramente deliciarem com os sabores típicos da Região. Neste ambiente, foi possível continuar com o companheirismo já para além do enquadramento formal, e também continuar de maneira mais descontraída com a troca de crítica construtiva, ideias e sugestões para o futuro, sendo esses uns dos objetivos essenciais da vinda dos jovens pianistas.

Assim, os participantes (de seis países diferentes) e os professores saíram da Região não só com uma sensação de objetivos pedagógicos e artísticos cumpridos, mas também com o coração cheio de amizades e partilhas, com dezenas de imagens divulgadas das suas atividades e do seu trabalho e com aquela emoção que a Madeira sempre suscita: a de querer voltar quanto antes.

Uma iniciativa destas efetivamente depende de convergência de várias instituições e vontades para um fim comum. Poder contar com todas estas colaborações para a sua concretização é uma sensação encorajante que reforça a nossa vontade de avançar com este projeto anualmente e acrescentá-lo ao nosso calendário como um evento que tem potencial de expansão e de intercâmbio cultural a nível internacional.