A Guerra Mundo

Líder dos separatistas pró-russos de Donetsk confirma morte de general russo

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O líder dos separatistas pró-russos de Donetsk confirmou hoje a morte de um general russo no leste da Ucrânia, onde as forças russas intensificaram a sua ofensiva nos últimos dias.

Trata-se do major-general Roman Kutuzov, cuja morte foi noticiada por um correspondente de guerra russo no domingo, mas que ainda não tinha sido confirmada por fontes oficiais.

Numa mensagem publicada na plataforma de mensagens Telegram, o líder separatista Denis Pushilin enviou "sinceras condolências à família e amigos" do major-general Roman Kutuzov, que "mostrou pelo exemplo como servir a pátria".

"Enquanto os nossos generais lutarem ao lado dos soldados, o nosso país e a nossa nação serão invencíveis", acrescentou Pushilin, que ilustrou a mensagem com uma foto a preto e branco do oficial russo, segundo a agência francesa AFP.

Fontes ucranianas disseram que Kutuzov foi morto no domingo, perto da aldeia de Mykolaivka, na região de Lugansk.

Kutuzov serviu como comandante do 5.º Exército Combinado da Rússia e, mais tarde, como comandante adjunto do 29.º Exército Combinado.

O anúncio da morte de Kutuzov ocorre numa altura em que as forças russas e os seus aliados separatistas atacam a região ucraniana do Donbass, com duros combates a ocorrerem na cidade de Severodonetsk.

Vários oficiais militares russos de alta patente foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro. O número exato não é conhecido, uma vez que as autoridades russas raramente comunicam as suas perdas.

No final de março, uma cerimónia na Crimeia prestou homenagem ao vice-comandante da frota russa do Mar Negro, Andrei Pali, que morreu em combate na Ucrânia, perto de Mariupol (sudeste).

Em abril, realizou-se o funeral do general Vladimir Frolov na cidade russa de São Petersburgo, com as autoridades locais a declararem que o militar tinha tido uma "morte heroica" na Ucrânia.

Desconhecem-se as baixas ucranianas e russas na guerra em curso há mais de três meses, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que serão elevadas.