O acto de entrega do imóvel onde funciona a 'Residência Assistida Maria Aurora', que teve início esta manhã, no Funchal, foi suspenso até 30 de Junho às 10h00, devido à necessidade de preparar devidamente a transferência dos 21 utentes, três dos quais acamados.

O advogado do proprietário do imóvel, que moveu a acção de despejo devido a muitos meses de rendas em dívida, explicou que há necessidade de obtenção de dados clínicos dos utentes, antes de se proceder à sua transferência para outras instalações.

Já a administradora da  'Residência Assistida Maria Aurora', Maria Manuel Homem, declarou que, a haver transferência, os utentes irão para novas instalações geridas pela sua empresa. "Não se pode falar muito sobre o processo. O mais importante para as famílias é que as pessoas estão salvaguardadas. Isto não é propriamente um negócio de venda de café ou de roupa. É um projecto de pessoas e temos solução para as pessoas. Tanto que hoje estiveram cá e foi deliberada uma nova data, devido exactamente ao espaço de tempo que precisamos para poder resolver a situação. A solução está controladíssima e as pessoas estão salvaguardas, que é aquilo que é o mais importante", afirmou a responsável.

Recorde-se que, na sequência de uma ordem de despejo do Juízo de Execução do Funchal, esta manhã o agente de execução, acompanhado de agentes da PSP e de representantes da Segurança Social, deu início ao acto de entrega do imóvel, com mudança das fechaduras das portas e uma avaliação ao interior do prédio. A data deste despejo já tinha sido estabelecida pelo tribunal e a larga maioria dos utentes não se encontrava na 'Residência Assistida Maria Aurora' no momento da entrada das autoridades e dos representantes do proprietário, pois a direcção do lar entendeu organizar uma actividade no exterior da instituição neste mesmo dia.