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Estudo alerta para risco de aumento de armamento nuclear na próxima década

Foto Elizabeth Dalziel/AP
Foto Elizabeth Dalziel/AP

O armamento nuclear mundial diminuiu 3% em 2021, mas espera-se que as potências aumentem o seu arsenal na próxima década devido aos programas de modernização em marcha, alertou hoje um instituto sueco.

De acordo com um documento do Instituto Internacional de Estudos para a paz de Estocolmo (Sipri), as nove potências nucleares possuíam no início deste ano um total de 12.705 ogivas nucleares face às 13.080 no ano passado.  Estados Unidos da América, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte integram este grupo.

O estudo indicou ainda que apesar destes países - que possuem 90% do arsenal nuclear - continuarem a reduzi-lo, isso deve-se ao desmantelamento de ogivas retiradas de uso nuclear há anos. "Há claras indicações que estas reduções que caracterizaram os arsenais nucleares desde o fim da Guerra Fria terminaram", avisou.

De acordo com o Sipri, todos os Estados nucleares estão a aumentar ou a atualizar os seus arsenais, e que a maioria aviva a retórica nuclear e o papel dessas armas na estratégia militar. A China está a construir 300 novos silos de mísseis, e a França anunciou um programa para desenvolver um míssil submarino balístico nuclear de terceira geração, enquanto a Índia, Paquistão e Israel estão a expandir e a modernizar os seus arsenais. "Apesar das conquistas significativas no controlo das armas nucleares, o risco de uso destas armas parece mais alto do que nunca antes, desde o fim da Guerra Fria", salientou.

O Sipri tem sede em Estocolmo, na Suécia, e foi criado em 1966 para a investigação de conflitos, armamento, controlo de armas e desarmamento.