Madeira

PCP alerta para perda do poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública

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"Há muito que os trabalhadores da Administração Pública são confrontados com ataques que visam a precarização das suas condições de trabalho", afirmou esta segunda-feira, 9 de Maio, o deputado do PCP, Ricardo Lume, numa acção de contacto com os trabalhadores.

"A imposição de sistemas de avaliação injustos, a destruição de centenas de carreiras profissionais, o aumento dos salários a baixo do valor da inflação e o aumento do número de contratos a termo" foram alguns dos exemplos apontados pelo deputado comunista, que indicou que há mais de mil trabalhadores na nossa Região com vínculos precários.

Os vínculos precários continuam a ser um grave problema na Administração Pública Regional que nega a estabilidade laboral a mais de 1000 trabalhadores na nossa Região que desempenham funções fundamentais para garantir o funcionamento dos serviços públicos. Apesar da propaganda do Governo Regional de combater a precariedade laboral na Administração Pública o que verificamos é um aumento exponencial de contratos a termo neste sector.

Ricarod Lume recorda que, "em Dezembro de 2016 quando o Governo Regional aprovou o plano de combate à precariedade laboral existiam 606 trabalhadores com contrato a termo na Administração Pública" e que, cinco anos depois da sua implementação, "em Dezembro de 2021 existiam 1.088 trabalhadores com contrato a termo".

"Ou seja, apesar do anunciado combate à precariedade o que verificamos foi um aumento na ordem dos 79% de vínculos a termo na Administração Pública Regional, insiste, considerando ainda "inaceitável" que não exista uma actualização anual dos salários.

Não é aceitável que trabalhadores com mais de 20 ou 30 anos de serviço na Administração Pública ganhem o mesmo salário que os que hoje iniciam funções.

Ricardo Lume observa ainda que "os trabalhadores da Administração Pública estão a perder poder de compra, pois o aumento salarial em 2022 foi de 0,9% quando a inflação prevista para o ano de 2022 é de 4%".