Madeira

Sindicato da Polícia Marítima exige "condições mínimas" para elementos que se deslocam para Ilhas Selvagens

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O Sindicato dos Trabalhadores e Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima denunciam o aumento das estadias nas Ilhas Selvagens dos profissionais tanto do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza como da Polícia Marítima.

O tempo de rendição passou de 15 dias para 21 dias, o que causa um "maior desgaste físico e psíquico", disse Aníbal Rosa, comissário da Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima.

"Não se compreende como se mudam as regras do jogo, criadas em 2016, com o diálogo entre todas as partes" disse Aníbal Rosa, acrescentando que "não se compreende que em 2022 todas as regras são alteradas, sem que os profissionais sejam ouvidos".

Este aumento de permanência nas Ilhas Selvagens é justificado com "os custos excessivos na Região". Contudo, é destacado que não é possível "garantir a soberania nacional de um território e estarmos preocupados aos custos associados do pessoal", critica Aníbal Rosa.

É reforçado igualmente que o território de reserva natural das Selvagens passou de 3 para 12 milhas, o que aumenta igualmente o trabalho dos profissionais.

As actividades desempenhadas pelos trabalhadores são de "vigilância, fiscalização, patrulhamento e exercício de polícia no que concerne à protecção e preservação do meio marinho".

"As Forças Armadas podem disponibilizar outros meios" realçou Nelson Pereira. Nomeadamente através de helicóptero, tornando assim, a viagem destes profissionais muito mais curta  (demoram cerca de um dia na viagem de barco e passaria para 1h30 se fosse de helicóptero).

"Saber se existe outros meios com melhores condições e condições mais ágeis para projectar" estes trabalhadores é uma das questões que serão feitas às Forças Armadas.

"Neste momento parece-nos até inoportuno querer garantir a permanência dos profissionais com o impacto destes no terreno", ou seja são aumentados os dias de trabalho e diminuídos os dias de descanso e acrescentou ainda que os elementos da polícia marítima "não têm o suplemento de penosidade actualizado à semelhança dos vigilantes da natureza, desde Março de 2021".

Esta alteração afecta cerca de 16 profissionais do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e cerca de 10 elementos da polícia marítima.