Madeira

Produção de cebola com quebra acima dos 50%

Mau tempo e fungo são causas apontadas para a má colheita

None

Este ano as perspectivas de produção de cebola na Região não são nada animadoras. No Caniço, capital da cebola que este fim de semana celebra a Festa da Cebola, os agricultores falam em "ano mau", estimando quebras nas produção acima dos 50% comparativamente ao ano transacto.

É o caso de Maria Luísa Correia, agricultura do Caniço de Baixo, que fala em quebra na ordem dos 60% e com a agravante da cebola que "escapou" não ter a qualidade de outros anos. Culpa o frio e sobretudo o granizo no mês de Março, mas também a doença, para justificar a fraca colheita.

A qualidade é tão fraca que mantém o preço da última edição 'ao vivo, em 2019 (1 euro/kg).

"Mantivemos o preço por causa da qualidade, que não é tão boa como em outros anos".

Na outra das duas bancas onde ainda é possível encontrar cebola à venda,, defronte ao adro da Igreja, João Afonso Nóbrega fala em ano "mais ou menos". Pior que a produção é o custo dos factores de produção, queixa-se o agricultor, que ainda assim está satisfeito por ter vendido "cerca de 350 kg" nestes três dias de certame.

Na freguesia do Caniço os indicadores recolhidos pela Junta de Freguesia apontam para uma quebra que poderá situar-se em cerca de 70%, admitiu Milton Teixeira, presidente da Junta de Freguesia local, entidade organizadora da Festa.

A razia foi de tal ordem que houve dificuldade em encontrar cebola 'apresentável' para expor e decorar a única charola de cebola presente este ano junto ao palco.