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Deputada e empresa madeirenses em julgamento por fraude em Braga

O principal arguido é António Marques, antigo presidente da associação empresarial AIMINHO. Foto Artur Machado/Global Imagens
O principal arguido é António Marques, antigo presidente da associação empresarial AIMINHO. Foto Artur Machado/Global Imagens

O Tribunal de Braga começa hoje a julgar o megaprocesso que envolve a extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho) e o seu antigo presidente António Marques, numa fraude de quase 10 milhões de euros. Entre os 120 arguidos (77 pessoas singulares e 43 sociedades) estão a deputada madeirense à Assembleia da República Patrícia Dantas e a empresa Startup Madeira (antigo CEIM - Centro de Empresas e Inovação da Madeira).

A primeira sessão do julgamento, que vai decorrer nos bombeiros de Barcelos devido ao elevado número de arguidos, estava marcada para 26 de abril, mas foi adiada devido "a questões processuais". Os 120 arguidos respondem por associação criminosa, fraude na obtenção de subsídios, burla qualificada, branqueamento, falsificação e fraude fiscal qualificada, crimes cometidos entre 2008 e 2013.

O principal arguido é António Marques, antigo presidente da AIMinho até à liquidação da associação, decretada em setembro de 2018 pelo Tribunal de Vila Nova de Famalicão, na sequência de uma dívida superior a 12 milhões de euros.

Ao todo, foram investigadas 109 operações distintas cofinanciadas por fundos europeus e pelo Orçamento do Estado, tendo sido apurada a existência de uma vantagem ilícita obtida pelos arguidos de mais de 9,7 milhões de euros.