Madeira

"Compadrio" serve como porta de entrada para gestão dos dinheiros públicos

O programa da TSF-Madeira é emitido às quintas-feiras depois das 19 horas, com reposição aos domingos depois das 10 horas.

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Os três comentadores do 'Primeira Mão', nomeadamente Sara Madalena, Francisco Gomes e Liliana Rodrigues voltaram a se juntar nos estúdios da TSF-Madeira para apontar os dedos às temáticas que consideram mais pertinentes.

A começar pelo politólogo, Francisco Gomes dedicou parte da sua reflexão à figura e à posição do gestor público sabendo que este é um tema sensível, mas que exige, a bem da transparência e do rigor administrativo, uma renovada e séria reflexão.

Com o polegar para baixo, o comentador falou de pessoas que não são nomeadas pela sua formação, conhecimento dos dossiers ou competência, mas apenas por “compadrio ou amiguismo”.

Estamos a falar de pessoas que “não respondem a ninguém, que não são fiscalizadas por ninguém e que recebem constantemente um cheque em branco do governo” para “gastar nos projectos, muitos deles de viabilidade e utilidade duvidosa, que vêem a luz do dia apenas para beneficiar os mesmos de sempre”.

Em alusão aos gestores de dinheiros públicos, Francisco Gomes assumiu que "também não é novidade nenhuma dizer que estas pessoas ocupam cargos que são autênticos sorvedores" que trazem "muito pouco retorno, em termos de qualidade ou dinamização económica". Aliás, é "facilmente constatável que as maiores aberrações deste país em termos de infra-estruturas e dívida pública devem-se a gestores públicos passivos, sem senso comum ou simplesmente incompetentes".

Enquanto estas situações não forem seriamente revistas e eliminadas, teremos sempre senhores e senhoras que 'brincam' com o nosso dinheiro e que o investem, sem critério nem rigor, em projectos que, mais cedo ou mais tarde, revelam-se perfeitas inutilidades ou dívidas colossais.   Francisco Gomes

Nesse sentido, apontou o dedo ao administrador da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) e ao projecto das algas no Porto Santo.

Por seu turno, Liliana Rodrigues questionou se toda a direita concorda com a posição do candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, que discordou do actual presidente Rui Rio sobre a eventual criação de um novo imposto sobre lucros aleatórios das empresas. Uma proposta do Ministro da Economia, António Costa e Silva.

O que Montenegro não diz é em que consistem esses lucros, sabendo nós que há muito boa gente a ganhar dinheiro com a crise da Ucrânia, nomeadamente com os combustíveis, energia e alimentos. Liliana Rodrigues

"Estamos a falar de lucros extraordinários devido aos aumentos dos preços e Rui Rio está de acordo: devem ser taxados lucros conjunturais das empresas. Como é coligação PSD/CDS? Rio ou Montenegro?", deixou a dúvida no ar.

Como ex-eurodeputada, Liliana Rodrigues deu ainda sinal positivo à recente visita da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu à Região.

Envergando uma camisola com o símbolo do dedo do meio, Sara Madalena dedicou-o ao flagelo cada vez mais desumano que continua a se verificar na Ucrânia.

A notícia de mulheres, crianças, bebés violados, famílias fuziladas quando em fuga e a quebra de imagens religiosas, como a de Nossa Senhora de Fátima, faz-nos pensar que a maldade do ser humano pode, realmente, ser infinita.

Sara Madalena que levantou uma das primeiras questões deste programa relativamente ao uso de máscara em espaços fechados. A advogada não percebe a necessidade desta medida ainda ser obrigatória.

O programa da TSF-Madeira é emitido às quintas-feiras depois das 19 horas, com reposição aos domingos depois das 10 horas.