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Presidente da região da Galiza formaliza candidatura a líder da direita espanhola

Foto DR
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O presidente da região da Galiza e líder regional do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, apresentou hoje a sua candidatura para chefiar o maior partido da oposição de direita, depois do afastamento do líder anterior.

"Não estou aqui para insultar [o primeiro-ministro socialista Pedro] Sánchez, estou aqui para derrotar Sánchez", disse Alberto Núñez Feijóo aos jornalistas.

Favorito há vários dias para líder do PP, ele acredita que esta é "a melhor maneira de servir" o país, dando-lhe "um governo sólido, sereno, fiável e credível".

Visivelmente emocionado, Núñez Feijóo afirmou que Espanha "vive uma situação extrema" e o Governo de coligação entre socialistas (PSOE) e extrema-esquerda (Unidas Podemos) mostrou que não sabe como lidar com ela.

Por esta razão, o líder regional do PP sente "uma obrigação moral" de se colocar ao serviço do seu partido e do seu país, acreditando que pode, "juntamente com um partido unido", alcançar o objetivo de governar a Espanha.

O PP formalizou na terça-feira a convocatória de um congresso nacional extraordinário em 01 e 02 de abril, em Sevilha, em que Alberto Núñez Feijóo deverá ser eleito como presidente do partido.

O maior partido da oposição de direita em Espanha decidiu substituir o atual presidente, Pablo Casado, que deixa a liderança após a crise sem precedentes que conduziu ao seu confronto com a presidente da região de Madrid, Isabel Díaz Ayuso.

Não se pode excluir que haja mais do que um candidato, uma vez que só é necessário obter o apoio de 100 militantes, mas no PP não se esperam listas com um peso suficiente para enfrentar o galego, depois de Isabel Díaz Ayuso se ter retirado do processo de escolha de um novo líder.

A crise de liderança no PP começou há duas semanas, quando Isabel Díaz Ayuso acusou o seu partido, o PP, de tentar destruí-la de forma "cruel", sustentando que Pablo Casado estava a fazer manobras para a desacreditar "pessoal e politicamente" e a tentar ligá-la à corrupção a partir do "anonimato", "sem provas" e envolvendo a sua família.

A liderança nacional do PP estaria a investigar desde outubro passado um contrato de 1,5 milhões de euros relacionado com o irmão da presidente de Madrid, tendo-lhe pedido explicações sobre possíveis irregularidades.

Isabel Díaz Ayuso era até agora uma figura em ascensão no PP, havendo quem especulasse sobre a sua ambição para liderar o partido, depois de ter ganhado as eleições na região de Madrid em maio de 2021 quase com maioria absoluta.