A Guerra Madeira

Cerca de 280 refugiados da Ucrânia estão na Madeira

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José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, entregou esta quarta-feira, simbolicamente, o voto de protesto do parlamento regional contra a invasão da Ucrânia por decisão da Rússia, a Valentyna Chan, representante na Região da Associação dos Ucranianos em Portugal.

Cerca de 280 refugiados da Ucrânia estão neste momento na Madeira, mas este número pode variar todos os dias porque estão "previstos chegar muito mais e conforme as pessoas vão chegando vamos contabilizando com registos", disse Valentyna Chan, representante na Região da Associação dos Ucranianos em Portugal.

Neste momento é difícil receber todos os que querem vir para a Região, pois não existe alojamento para os acolher, mas a responsável diz que estão a "tentar ajudar a todos os contactos que estão a chegar e a pedir ajuda".

Deste número, muitos são turistas que já estavam na Região e não conseguiram voltar para o seu país e acabaram por ficar alojados num hotel, "muitos têm família cá" e acabam por ter "apoio das pessoas que conhecem na Madeira", acrescentou.

"Temos muitos voluntários a ajudar na recolha de donativos", mas Valentyna apela que em termos de roupa e cobertores já existem os suficientes, sendo necessário, neste momento, bens de primeira necessidade e medicamentos.

Adiantou igualmente que, em termos logísticos, a ajuda custa cerca de 7 mil euros para enviar camiões para a fronteira da Polónia:

"Daqui da Madeira para Lisboa temos uma grande parceria com o Grupo Sousa e da Câmara Municipal, mas não sei dizer quanto custa. Mas de Alverca para a Ucrânia, estamos com a informação que um camião a chegar à fronteira da Polónia, envolve gasóleo, coletes à prova de bala, alimentação dos voluntários,  descanso dos voluntários e alguns imprevistos que podem surgir durante o caminho". Valentyna Chan, representante na Região da Associação dos Ucranianos em Portugal

Valentyna Chan foi recebida na ALRAM, com uma ovação por parte dos deputados.

O voto de protesto contou apenas com um voto contra do PCP e favoravelmente pelo PSD, PS, CDS-PP e o JPP.

Quem pretende ajudar, seja de que forma for, pode preencher um formulário que está na Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais.