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Desemprego na África do Sul cai pelo terceiro trimestre consecutivo

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A taxa de desemprego na África do Sul caiu ligeiramente pelo terceiro trimestre consecutivo, apesar de cortes frequentes de energia em todo o país, que afetam a economia, anunciou hoje o instituto sul-africano de estatísticas (StatsSA).

Entre julho e setembro, a taxa de desemprego caiu 1% em comparação com o segundo trimestre e atinge agora 32,9% da população ativa.

O desemprego, que se encontrava numa taxa de 35,3% da população ativa no final de 2021, tem vindo a diminuir de forma sustentada desde o início do ano, caindo 0,8% e 0,6% nos dois primeiros trimestres deste ano.

A principal potência industrial africana, cuja economia foi duramente atingida pela crise de covid-19, vinha a registar até ao início deste ano um aumento constante do número de desempregados desde julho de 2020.

O StasSA explica que no terceiro trimestre foram criados 204.000 postos de trabalho, particularmente na indústria transformadora, comércio, construção e transportes.

A pobreza, desigualdade e o desemprego permanecem omnipresentes na África do Sul, alimentando protestos e sentimentos xenófobos.

Os jovens são os mais afetados pelo desemprego, com a taxa para o grupo etário entre os 15 e os 34 anos a situar-se em 45,5%.

O problema crónico da escassez de eletricidade no país tem vindo a agravar-se desde o início do ano, em resultado do elevado endividamento da elétrica estatal sul-africana Eskom, que a torna incapaz de satisfazer a procura e de atender às necessidades de manutenção das centrais elétricas a carvão, muito envelhecidas.

Um plano de investimento de 98 mil milhões de dólares (94,5 mil milhões de euros) para a transição energética do país foi aprovado no início deste mês na cimeira do clima das Nações Unidas COP27 no Egito.