Madeira

Confiança lamenta e critica 'Habitação Solidária' encerrada

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Os vereadores eleitos pela Confiança na Câmara do Funchal visitaram, esta manhã, o edifício municipal reabilitado onde deveria estar a funcionar o projecto 'Habitação Solidária', mas encontraram "um espaço vazio e sem qualquer utilização".

Este espaço que deveria acolher quatro pessoas em situação de sem-abrigo desde o mês de Agosto, continua fechado e devoluto, "numa altura em que se exigem soluções para as crescentes vulnerabilidades sociais" que o Funchal tem apresentado.

A reabilitação deste edifício, propriedade da Câmara Municipal, situado na esquina entre a Rua dos Ilhéus e a Avenida Luís de Camões, foi adjudicada pela Confiança, ainda no mandato anterior, representando um investimento de 153 mil euros.

O actual presidente, recebendo em herança o edifício com um projecto elaborado e com obras de reabilitação em curso, anunciou que pretendia alocar a casa a um "projecto pioneiro para pessoas sem abrigo". Na verdade, este projecto de 'Habitação Solidária', é uma cópia de um projecto de integração social da Confiança, denominado 'Habitação Partilhada' e inaugurado, em 2020, destinado às pessoas em situação de sem-abrigo e que funcionou como alojamento de transição na freguesia de São Roque.

A coligação relembra que em Julho deste ano foi aprovado, com os votos favoráveis dos vereadores da Confiança, um Protocolo de Cooperação entre o Município do Funchal, o Instituto de Segurança Social da Madeira e a Associação Protectora dos Pobres com vista, onde o presidente da Câmara anunciava não só que esta casa estaria ocupada já no mês de Agosto por quatro pessoas sem abrigo, mas também a criação de uma nova 'Habitação Solidária' na zona dos Barreiros.

É inadmissível que depois de anunciar com pompa e circunstância este projecto, e conhecidas que são as carências habitacionais de tantas famílias funchalenses, o presidente da CMF mantenha esta casa pronta e fechada há quatro meses. Este é também o reflexo da instabilidade que temos assistido ao pelouro do social, com entradas e saídas de vereadores”.  Micaela Camacho, vereadora

No balanço destes 14 meses de mandato a autarca conclui que “são mentiras e promessas não cumpridas que se vão acumulando e que, apesar das tentativas de mascarar a realidade com páginas de propaganda, o tempo vai-se encarregando de desvendar aos olhos dos funchalenses, enquanto na prática vão se agravando as vulnerabilidades sociais do Funchal", frisou.