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Mais de uma centenas de docentes debateram "português como língua de oportunidades" na Venezuela

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Mais de uma centena de docentes participaram no V Congresso e no IX Encontro de Professores de Língua Portuguesa na Venezuela, onde se debateu o "português como língua de oportunidades", explicou fonte da organização à Agência Lusa.

"Este ano, a Coordenação de Ensino de Português na Venezuela (CEPE-Venezuela) voltou a organizar um congresso e um encontro, com o intuito de reunir os professores que trabalham na promoção e divulgação da nossa Língua Portuguesa, na Venezuela", disse o leitor do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua.

Segundo Rainer Sousa, o mote do evento, que decorreu durante quatro dias e de maneira virtual, teve em conta "a relevância" que o português "tem ganho, nos últimos tempos, em organismos internacionais, enquanto língua de comunicação global, de negócios e de ciência".

"À semelhança do trabalho feito no passado, tivemos um conjunto de especialistas que transmitiram conhecimentos aos professores interessados para aperfeiçoar métodos de ensino", disse.

No evento, sublinhou, participou também "a Coordenação de Ensino da França" com "estratégias que podem ser aplicadas na sala de aula", a LIDEL - Edições Técnicas e a Porto Editora, que apresentaram "novidades, em termos de manuais de ensino".

"Os coordenadores, diretores e chefes de departamento de instituições onde se ensina português expuseram os resultados e avanços do ensino da Língua Portuguesa, no último ano letivo na Venezuela, onde apesar das dificuldades que possam existir, o ensino do português está em expansão, com cada vez mais escolas a adotar a nossa língua como língua de estudo", explicou.

O V Congresso e o IX Encontro de Professores de Língua Portuguesa na Venezuela começaram com uma apresentação dos conteúdos e recursos educativos digitais para alunos e professores, feita por Sérgio Marques da Porto Editora.

Depois, Cristina Castro, do Politécnico de Leiria e da Universidade Nova de Lisboa fez uma abordagem sobre vários aspetos que se têm revelado mais eficazes para o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras do que os métodos tradicionalmente privilegiados.

Paula Isidoro, da Universidade de Salamanca, falou sobre a necessidade de desenvolver uma abordagem pedagógica que permita aos professores aproveitar os recursos audiovisuais disponíveis na internet e as potencialidades de associar imagem e som nos documentos, para melhor compreensão, produção, interação e mediação.

Isabel Sebastião do CEPE-França fez uma abordagem à prática da oralidade e Fátima Páscoa do Camões -- IP fez uma reflexão sobre a operacionalização dos programas de ensino do português no estrangeiro.

Na Venezuela, segundo dados divulgados recentemente pela CEPE-Venezuela existem mais de 7.500 alunos de português, incluindo os estudantes que frequentam o ensino básico oficial venezuelano.