Madeira

Excessiva dependência da administração pública revela debilidade estrutural da economia regional

Economista Ricardo Arroja abordou macroeconomia: "Tendências macroeconómicas e o impacto sobre a Madeira"

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Orador no subtema Macro economia: "Tendências macroeconómicas e o impacto sobre a Madeira", o Economista, Comentador e Consultor Ricardo Arroja, por videochamada, começou por apontar algumas vulnerabilidades estruturais no contexto macroeconómico da Região, depois de sublinhar “a distribuição muito sui-generis do valor acrescentado bruto da Região” e a sua condição “muito exposta aos ciclos habitualmente sazonais”. Factor que revela debilidade estrutural é o peso da administração pública na actividade económica. “Tem um relevo especial na actividade económica”, realidade que demonstra “debilidade estrutural” porque “deveria ser ao contrário”. Ou seja, a economia da Região “depende com alguma substância de uma administração pública robusta”.

Para Ricardo Arroja um dos factores onde a Madeira pode explorar mais o seu desenvolvimento económico é na “Economia do Mar”.

O facto da Madeira só ter 22 % da população em idade activa com escolaridade ao nível do Ensino Superior e o investimento em investigação e desenvolvimento ser de apenas 0,5 % do PIB, foram outros aspectos apontados como pouco favoráveis à Região.

Em sentido contrário, destacou a inflação que na Região é mais favorável que no resto do País, e conclui que “era importante haver uma maior atracção de investimento estrangeiro para a Madeira”.